O presidente francês Emmanuel Macron enfatizou a “necessidade de regras” e de um “contexto de confiança” para acompanhar o desenvolvimento da inteligência artificial. “Precisamos dessas regras para que a IA avance” e “precisamos continuar a promover uma governança internacional da IA”, afirmou Macron no encerramento da cúpula global, realizada no Grand Palais.
Vance alerta contra “regimes autoritários”
Os Estados Unidos e o Reino Unido não assinaram a declaração de princípios sobre a IA, expondo as divisões sobre esse tema. O vice-presidente norte-americano, J.D. Vance, alertou contra parcerias no setor com “regimes autoritários” e contra uma “regulamentação excessiva” da inteligência artificial, que “poderia sufocar uma indústria em plena ascensão”.
“A América quer se associar a todos vocês”, disse Vance diante de uma plateia de chefes de Estado e líderes do setor de tecnologia, “mas precisamos de regimes regulatórios internacionais que incentivem a criação de tecnologias de IA, em vez de sufocá-las”. “Faremos todos os esforços possíveis para promover políticas pró-crescimento para a IA”, acrescentou.
O governo do Reino Unido citou o “interesse nacional” para explicar sua decisão de não assinar a declaração final da cúpula sobre IA em Paris. “Não se espera que assinemos iniciativas que não consideramos ser de nosso interesse nacional”, disse um porta-voz do primeiro-ministro Keir Starmer. “Não conseguimos chegar a um acordo sobre todas as partes da declaração, mas continuaremos a trabalhar com a França em outras iniciativas”, acrescentou.
Por sua vez, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que a União Europeia pretende mobilizar € 200 bilhões para a inteligência artificial. “Será a maior parceria público-privada do mundo para o desenvolvimento de uma IA confiável”, declarou ela durante a cúpula de Paris, referindo-se à aliança chamada “EU AI Champions Initiative”, que reúne mais de 60 empresas.