A Proton anunciou nesta terça-feira (3) o Proton Docs, editor de texto com recursos de privacidade para concorrer com Google Docs e Microsoft Word. Feito pela mesma empresa do Proton Mail, a ferramenta oferece criptografia de ponta a ponta para criação, edição e colaboração em documentos, além de se integrar com o Proton Drive.
Segundo a empresa, todas as ações são criptografadas em tempo real, até mesmo toques em teclas e movimentos de cursor. Como esta criptografia é de ponta a ponta, a companhia não tem como acessar o que os usuários fazem em seus documentos. Além disso, o editor tem código aberto, o que dá mais transparência para quem quer checar o funcionamento e a segurança.
Como nota o Verge, essas características podem atrair pessoas preocupadas com o uso de seus dados para treinar modelos de inteligência artificial. Este tema ganhou destaque recentemente, após políticas controversas de Meta e Adobe, por exemplo. Mesmo assim, vale dizer que o próprio Google promete não fazer isso.
No visual e recursos, o Proton Docs parece próximo ao Google Docs. Assim como no concorrente famoso, dá para ver o cursor dos outros editores do documento em tempo real, bem como trechos selecionados. A ferramenta tem suporte a comentários e respostas, além de oferecer opções avançadas de formatação de texto, suporte a imagens e possibilidade de converter documentos.
Por outro lado, apenas o editor de texto está disponível no momento — nada de planilhas ou apresentações. Além disso, o Proton Docs só funciona na web e em desktops, mas a empresa diz que quer oferecer “tudo que o Google tem”.
Proton está indo bem além do email
O Proton ganhou fama como uma alternativa mais segura os serviços de email tradicionais, com criptografia de ponta a ponta, impedindo o acesso da própria empresa às mensagens.
Nos últimos anos o serviço foi ficando mais completo, com serviços de calendário, armazenamento de arquivos na nuvem, VPN gratuito e gerenciador de senhas. O próprio email está com mais cara de Gmail, com agendamento de envios e categorização automática de mensagens.
O serviço também migrou para um modelo de fundação sem fins lucrativos (Proton Foundation), que é a principal acionista da empresa com fins lucrativos (Proton AG).
Segundo o CEO Andy Yen, a estrutura visa tornar a organização autossustentável: o serviço deve ser lucrativo para sustentar a fundação, sem que ela dependa de doações, acordos com grandes empresas ou investimentos de venture capital.
O Proton tem um serviço gratuito bastante limitado, com email de 1 GB e apenas três calendários. Os planos pagos custam a partir de 4 euros por mês (cerca de R$ 24).
Com informações: The Verge, MacRumors, Bleeping Computer
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