Robôs não podem opinar | Nagibe Melo

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Nagibe de Melo Jorge Neto, juiz federal, escritor, professor da UniChristus (Foto: Acervo Pessoal)
Foto: Acervo Pessoal
Nagibe de Melo Jorge Neto, juiz federal, escritor, professor da UniChristus

A inteligência artificial revolucionou o modo como interagimos, desde os smartphones até os carros, passando pela escolha de filmes, livros, sugestões de sites, nos buscadores ou, de conteúdo e perfis, nas redes sociais. Quase nada está fora do alcance da IA.

Há quase dois anos, conhecemos outro tipo de inteligência artificial, o ChatGPT, uma IA generativa, capaz de dialogar como um humano. A partir daí, a evolução tem acontecido em progressão geométrica, com o aumento da capacidade de processamento e o surgimento de novos modelos e aplicações. Claude, Gemini, Grok, e o chinês Ernie são apenas os principais.

A empolgação por trás de tantas novidades esconde riscos. A IA generativa é capaz de simular o comportamento humano a ponto de ser impossível saber se estamos conversando com um robô ou com uma pessoa. Pode adotar diferentes personalidades, de acordo com o gosto do freguês. São absolutamente fantásticos em convencer o interlocutor de um argumento ou sobre a qualidade de músicas, filmes, livros ou artigos científicos.

Estima-se que, a partir de 2024, o tráfego de robôs na internet será maior que o de humanos. Em pouco tempo, robôs que usam IA generativa produzirão conteúdo de alta qualidade em enorme quantidade, tornando-se influenciadores poderosos. Nenhum humano terá condições de concorrer com essas entidades.

Os robôs serão programados para convencer as pessoas acerca de temas como drogas, aborto, políticas econômicas, candidatos a cargos públicos, elegerão os melhores filmes, músicas e livros, influenciarão o nosso modo de viver, o que comemos, bebemos e como nos divertimos e, certamente, modificarão o modo como falamos e escrevemos.

A IA precisa ser regulamentada para garantir o uso saudável dos robôs. Quando interagimos com alguém, a prova de identidade é um direito fundamental. Precisamos ter a certeza de que se trata de uma pessoa, não de um robô. As redes sociais devem garantir a identidade humana dos usuários, expurgando robôs que, sub-repticiamente, se passam por humanos.

Robôs não podem opinar, não podem ter voz no debate público.

 



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