Prática é perigosa, porque pode confundir o eleitor. Nesse caso, a ação de Marçal é aparentemente inofensiva, mas a ferramenta pode ser usada para simular um candidato fazendo algo ilegal, por exemplo, como aconteceu nas eleições na Argentina no ano passado.
Uso do deepfake foi proibido pelo TSE nas eleições deste ano, em resolução publicada em fevereiro. De acordo com a decisão da Corte, toda peça com inteligência artificial também deve estar sinalizada, o que Marçal não fez na publicação. Uma das penas previstas para o descumprimento da norma é cassação do registro da candidatura ou perda do mandato, caso a pessoa seja eleita.
Campanha de Marçal já é investigada por outras irregularidades. No sábado (24), a Justiça Eleitoral determinou a suspensão das redes sociais do empresário até o final das eleições, em uma ação que apura o pagamento indevido a apoiadores para compartilharem vídeos com teor eleitoral. Ele pode criar outras contas, mas sem usar métodos irregulares dessa vez, segundo a decisão do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo).
O UOL questionou a assessoria de Marçal sobre o vídeo. Caso haja resposta, o texto será atualizado.