Campo Grande às portas do futuro: como a inteligência artificial está transformando a cultura

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Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaias Paim, local onde será realizado o curso de Inteligência Artificial na Cultura em Campo Grande

Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaias Paim, local onde será realizado o curso de Inteligência Artificial na Cultura em Campo Grande – Foto: Reprodução

Imagine o futuro. Não, não aquele das ficções distópicas, onde robôs dominam o mundo e os humanos são reduzidos a meros espectadores. Mas um futuro onde, por exemplo, a inteligência artificial (IA) ajuda a compor sinfonias, escreve peças de teatro e até seleciona quais obras devem ser exibidas em uma galeria de arte. Agora, imagine que esse futuro não está tão longe assim – e pode estar a poucos cliques de distância.

No dia 20 de setembro, às 15 horas, Campo Grande será o palco de um encontro entre o setor cultural e as novas tecnologias. O Curso de Inteligência Artificial na Cultura, promovido pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), vai ocupar a Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaias Paim para discutir como a IA pode ajudar – ou quem sabe, complicar – o trabalho de artistas, gestores culturais e outros profissionais que orbitam esse universo.

IA: a nova musa inspiradora? A inteligência artificial, que muitos de nós associamos a coisas como carros autônomos, robôs assistentes e dispositivos de busca que sabem mais sobre nós do que nós mesmos, também pode ser uma aliada poderosa na cultura. Mas calma, não estamos falando de robôs pintando quadros – pelo menos, ainda não.
O curso promete explorar um terreno cheio de possibilidades, mas também de incertezas: como exatamente a IA pode contribuir para o trabalho artístico e cultural? As palestras e oficinas, conduzidas por especialistas com títulos impressionantes (sim, “diretores” de tecnologia, operações e recursos humanos), vão tentar responder essas e outras perguntas. Mas a intenção vai além da teoria. A ideia é mostrar como a IA já está sendo usada para tarefas práticas, como a geração automática de documentos, roteiros ou até mesmo composições musicais. Tudo com uma pitada de demonstrações ao vivo – algo que, convenhamos, sempre atrai uma plateia curiosa.

Da arte ao algoritmo – Um dos aspectos centrais do curso será a discussão sobre o papel da IA como ferramenta auxiliar. É a velha história: a máquina não substitui o ser humano, mas o ajuda a ser mais eficiente. No caso da cultura, a IA pode atuar como uma espécie de curadora automática, ajudando a selecionar peças para uma exposição, ou como assistente criativa, colaborando com roteiristas e músicos.
A questão ética, no entanto, está longe de ser simples. No Brasil e em outros países, as regulamentações sobre o uso da IA ainda estão sendo ajustadas. E o curso não deixará isso de fora. Pelo contrário: a primeira parte do evento é dedicada a entender o que é permitido – e o que ainda precisa ser regulamentado – no uso de IA na cultura. Direitos autorais, proteção de dados e até questões filosóficas sobre a “autenticidade” de uma obra gerada por uma máquina estão na pauta.

E o lado psicológico? Outro ponto interessante do curso será a discussão sobre o impacto psicológico da IA no trabalho cultural. Se em outras áreas profissionais a chegada de máquinas capazes de realizar tarefas complexas já gera apreensão, imagine para os artistas – acostumados a ver seu trabalho como um reflexo da própria alma. O que acontece quando uma inteligência artificial consegue escrever uma sinfonia, ou esculpir uma peça em 3D, com um clique?
Os palestrantes parecem estar preparados para lidar com essa ansiedade. O curso promete preparar os participantes para “interagir com a IA de maneira segura e confiante”, o que pode soar um pouco irônico, dado o fato de que, até agora, a maior parte das pessoas mal se sente à vontade com o uso de assistentes virtuais como a Siri ou o Google Assistente.

Profissionais à frente das discussões – Os nomes por trás do curso são dignos de nota. Pablo Cavalcante, diretor de tecnologia da informação, vai abrir a discussão sobre o uso da IA em projetos culturais. Amanda Justino, diretora de operações, trará sua visão sobre como essas tecnologias podem ajudar – ou complicar – o cotidiano da gestão cultural. E, para fechar, Fernanda Riveros, diretora de recursos humanos, promete tocar nas questões mais humanas dessa interação: como os trabalhadores culturais podem se adaptar a esse novo cenário tecnológico, sem perder o controle sobre suas criações e processos.
Para onde vamos? É difícil não se questionar: até onde a IA pode nos levar no mundo da cultura? Como qualquer tecnologia disruptiva, ela pode trazer avanços significativos – e novos problemas. Se, por um lado, pode facilitar a criação de obras e a gestão de eventos, por outro, a IA levanta questões sobre a autoria de uma obra e o papel do humano no processo criativo. Afinal, se um algoritmo compõe uma música ou escreve um roteiro, quem é o verdadeiro autor?
O curso da FCMS, com sua proposta ousada de trazer esses temas para o debate, parece ser um ponto de partida interessante para começar a responder a essas perguntas. Não promete soluções prontas, mas, com certeza, oferece uma oportunidade valiosa para quem deseja entender como a IA pode transformar o cenário cultural.

No fim das contas, a grande questão talvez não seja o que a IA pode fazer pela cultura, mas como os profissionais da cultura vão lidar com essa nova presença no palco. E se a inteligência artificial, em vez de protagonista, for uma nova forma de musa inspiradora?



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