Belas Artes inicia inserção de IA em suas aulas

O Brasil e os ingredientes para a liderança em IA

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O Centro Universitário Belas Artes deu início à inclusão de inteligência artificial nas suas aulas. O processo está em prática desde agosto, graças a uma parceria com a Adapta.org, instituição que disponibiliza acesso a várias plataformas de IA disponíveis no mercado. Com investimento de R$ 300 mil, a faculdade tem a expectativa de que o corpo acadêmico aprenda a usar a tecnologia tanto dentro quanto fora da sala de aula. Como pontapé inicial, a instituição fará um curso de menor duração para alunos e professores. Nele, a ideia é introduzir o conceito de inteligência artificial e explicar seu funcionamento.

Após isso, um novo curso, de maior duração, será realizado para que a comunidade acadêmica saiba dar os comandos corretos para a IA. Ao final dessa primeira etapa, a instituição espera que a tecnologia seja utilizada em laboratórios, com orientação dos docentes. De acordo com Rodrigo Irineu de Souza, diretor de marketing e novos negócios da Belas Artes, a novidade foi bem recebida pelos cerca de 170 profissionais que compõem o corpo docente.

Tecnologia vem para ficar na Belas Artes

“Não há como proibir seu uso. Seria o mesmo que impedir a entrada de celular”, afirmou a superintendente acadêmica da faculdade, Josiane Tonelotto. Ela relembrou outros marcos tecnológicos, como a internet e a chegada dos celulares, que geraram apreensão para o meio acadêmico. “O grande problema da área da educação é que ela demora muito para reagir. Até pouco tempo atrás, a tecnologia era vista como um mal”, afirmou a superintendente. Ela vê a inserção de inteligência artificial na grade curricular da instituição como uma forma de ensinar os alunos a como utilizá-la para o bem. 

Para Tonelotto, é necessário desenvolver as competências digitais dos estudantes. “A IA é de grande valia para auxiliar os jovens em seus estudos, desde que sejam enviados os prompts corretos. É possível ter conversas interessantes, que contribuem para a formação”, destacou a superintendente. Ela ressalta que o fundamental é saber usar a norma culta da língua portuguesa para que a IA consiga interagir adequadamente ao receber seus comandos.

Para os docentes, Tonelotto entende que a tecnologia pode aprimorar suas aulas. Em entrevista ao Mobile Time, ela compartilhou sua surpresa com o quão crítica a inteligência artificial se mostrou. No episódio, a superintendente compartilhou planos de ensino do semestre de um curso. “A IA me mostrou que há lacunas de interligação entre as disciplinas, algo que, de fato, é um desafio na educação como um todo”, observou. Outro ponto constatado em seu experimento foram as dicas e as sugestões bibliográficas, especialmente, as mais recentes.

Curiosamente, os professores se mostram mais ansiosos para aprenderem a usar a tecnologia, do que os próprios alunos. “Acho que conseguimos criar neles uma necessidade de conhecer mais a respeito. Isso é super legal! Não foram todos, mas de toda forma fico pessoalmente feliz”, confessou Tonelotto.

 

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