especialista defende ferramenta para ‘acelerar’ diagnósticos

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A Inteligência Artificial deve ser uma das principais parceiras dos médicos nos próximos anos. A tecnologia, segundo especialistas, tem a capacidade de detectar doenças com mais rapidez e ainda diminuir gastos e tempo em diagnósticos.

Cristiane Pimentel é membro sênior do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) e professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Palestrante na Futurecom – maior evento de conectividade, inovação e tecnologia da América Latina, que termina nesta quinta (10) em São Paulo -, ela explica que os recursos digitais e tecnológicos têm muito a acrescentar à área da saúde.

“Se utilizada da maneira correta, a IA pode ser um grande facilitador. Com programas e exames específicos, é capaz de adiantar diagnósticos em raio-x, Papanicolau. É uma forma do médico adiantar o processo e salvar vidas”, explica Cristiane.

Com a promessa de reduzir gastos e dar um melhor atendimento aos pacientes, a ferramenta já está sendo adotada em diversas unidades de saúde ao redor do mundo. “Com esse suporte, o hospital ou centro de saúde detecta a doença mais rápido e já indica o remédio correto para o tratamento, evitando gastos com medicação desnecessária e dando um atendimento mais personalizado para o paciente”.

Ainda segundo a especialista, no Brasil já existem estudos e debates para a utilização da tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, a utilização ainda esbarra muito na questão da regulamentação e legislação. “Aqui nós ainda não temos um diagnóstico muito concreto da utilização das IAs. E o ambiente médico lida muito com informações confidenciais e particulares, então tem que ter uma segurança para esses dados do paciente. Essa é a maior dificuldade de implementação aqui”.

Sai a concorrência, entra a parceria

Um assunto sempre debatido quando se fala sobre Inteligência Artificial é a questão da tecnologia “roubar” a vaga de pessoas em determinados trabalhos. Para Cristiane, na área da saúde seria mais uma “parceria”. “Não vai retirar o papel do médico, mas direcionar o atendimento médico para algo mais especializado. No final, sempre vai haver necessidade de ter um médico para apresentar o laudo e o carinho do humano. Então, vai ser um complemento no atendimento”.

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