Buraco negro mais luminoso já encontrado desafia limites da ciência; entenda

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Astrônomos encontraram um buraco negro supermassivo de baixa massa que teve um crescimento repentino e ultrapassou os limites que acreditaram ser possível há 1,5 bilhão de anos após o Big Bang.

A estrutura encontrada por meio de observações usando o Telescópio Espacial James Webb (JWST) recebeu o nome de LID-568 e é a primeira amostra de um buraco negro que excedeu a quantidade máxima de luminosidade que ele pode ter — oferecendo à comunidade científica uma oportunidade estudá-lo e obter insights.

“Devido à sua natureza tênue, a detecção do LID-568 seria impossível sem o JWST. Usar o espectrógrafo de campo integral foi inovador e necessário para obter nossa observação”, explicou Emanuele Farina, astrônomo do Observatório Internacional Gemini/NSF NOIRLab e coautor da pesquisa.

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Para localizar esse buraco, os cientistas precisaram fazer uso da sensibilidade infravermelha exclusiva do James Webb, já que essa população de galáxias é invisível no óptico e no infravermelho próximo.

Em um estudo publicado na última segunda-feira (4) na revista Nature Astronomy, os pesquisadores detalharam que o buraco superou seu limite de Eddington, a quantidade máxima de luminosidade que uma estrela ou outro objeto astronômico pode ter sem que a pressão de radiação gerada pela luz emitida supere a força da gravidade que mantém o objeto coeso.

Os dados obtidos com a observação indicam que a velocidade e o tamanho dos fluxos de gás ao redor do buraco negro central mostram quem possivelmente essa estrutura teve um crescimento repentino em um único episódio.

“Este buraco negro está tendo um banquete”, disse a astrônoma e coautora do Observatório Internacional Gemini/NSF NOIRLab Julia Scharwächter.

O LID-568 mostrou para os pesquisadores que é possível um buraco negro superar seu limite de Eddington — oferecendo a primeira oportunidade de estudo de uma estrutura como essa.