A OpenAI, empresa por trás de avanços significativos em inteligência artificial e criadora do ChatGPT, enfrenta desafios críticos no desenvolvimento de seu modelo GPT-5, codinome “Orion”.
Conforme reportado pelo The Wall Street Journal na data de hoje (23), o projeto, em andamento há 18 meses, acumula atrasos devido a problemas técnicos, custos elevados e dificuldades no treinamento.
Inicialmente esperado para 2024, o lançamento foi adiado, com o CEO Sam Altman confirmando que nenhum modelo com esse nome será disponibilizado neste ano. A empresa anunciou semana passada o o modelo o3 como um leve avanço ao o1.
Entre os desafios atuais encontram-se limitações na qualidade dos dados disponíveis na internet, essenciais para o treinamento de modelos de IA. Para contornar essa questão, a OpenAI tem investido em dados criados manualmente por especialistas, como programadores e matemáticos, além de recorrer ao uso de dados sintéticos gerados por modelos anteriores, como o “o1”.
Ainda assim, essas estratégias exigem tempo e aumentam os custos de desenvolvimento, estimados em cerca de meio bilhão de dólares por ciclo de treinamento.
Competição aumento
Acima dos problemas técnicos, a OpenAI também enfrenta turbulências internas, incluindo a saída de figuras-chave, como o cofundador Ilya Sutskever e a diretora de tecnologia Mira Murati.
Mais de 20 funcionários deixaram a empresa nos últimos meses (muitos deles foram trabalhar nos concorrentes), o que contribuiu para atrasos e incertezas no projeto Orion. A concorrência também está aquecida: enquanto a OpenAI lida com desafios internos, empresas como Amazon e xAI, de Elon Musk, expandem suas capacidades computacionais e exploram novos mercados.
A OpenAI tem buscado diversificar sua atuação para sustentar seus negócios, lançando produtos como o gerador de vídeos por IA “Sora” e um plano de assinatura Pro para o ChatGPT.
Ainda assim, o preço elevado da assinatura gerou debates sobre o valor agregado aos consumidores, principalmente em um cenário onde a confiança no futuro dos modelos de IA é colocada à prova.
Fontes próximas ao projeto afirmam que os atrasos no Orion não são apenas técnicos, mas também estratégicos, já que a OpenAI busca equilibrar inovação com os altos custos operacionais e a pressão de investidores.
Futuro incerto para modelos de IA avançados
Os atrasos no GPT-5 levantam questões sobre a viabilidade econômica de projetos tão ambiciosos, assim como questionamentos se chegamos ao limite de dados para treinar novos modelos e obter saltos de desempenho.
A OpenAI segue explorando novas estratégias, como o foco em modelos de raciocínio avançado, mas os desafios técnicos e financeiros continuam a pesar. A promessa de tornar modelos como o ChatGPT acessíveis gratuitamente contrasta com as limitações práticas enfrentadas pela empresa.
O futuro do GPT-5 permanece incerto, mas o projeto ainda é aguardado com expectativa no setor de tecnologia para 2025, à medida que a OpenAI luta para equilibrar inovação, custos e resultados.
Fonte: The Wall Street Journal
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