A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que irá consultar o Banco Central sobre uma possível irregularidade na cotação do dólar exibida pelo Google nesta quarta-feira (25). O buscador chegou a mostrar a moeda americana cotada a R$ 6,40, valor significativamente superior ao último fechamento oficial do mercado.
O episódio ocorreu durante o recesso de Natal, quando o mercado de câmbio brasileiro estava fechado. A última cotação oficial, registrada na segunda-feira (23), havia sido de R$ 6,185.
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Posicionamento da da AGU, BC e Google
A AGU sinalizou urgência na solicitação e indicou que os dados fornecidos pelo BC poderão fundamentar uma eventual ação da Procuradoria-Geral da União. O Banco Central, quando procurado, optou por não se manifestar sobre o assunto.
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Em nota, o Google esclareceu que as informações sobre cotações em tempo real são fornecidas por “provedores globais terceirizados de dados financeiros” e afirmou estar trabalhando com seus parceiros para garantir a precisão das informações.
Histórico de inconsistências do Google
Este não é o primeiro incidente envolvendo cotações incorretas na plataforma. No início de novembro, situação semelhante ocorreu quando o Google exibiu o dólar a R$ 6,18, enquanto outros terminais indicavam R$ 5,86.
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Contexto econômico
O episódio acontece em um momento de pressão sobre a moeda americana, que tem registrado sucessivas altas desde o final de novembro. A cotação chegou a atingir o pico histórico de R$ 6,26 em 16 de dezembro.
A volatilidade do câmbio está relacionada às preocupações do mercado com as contas públicas, especialmente após a apresentação do pacote de corte de gastos do governo federal e sua posterior tramitação no Congresso.
O Ministério da Fazenda estima que as alterações feitas pelo Legislativo no pacote fiscal resultarão em uma economia de R$ 69,8 bilhões até 2026, valor inferior aos R$ 71,9 bilhões inicialmente previstos.
Fonte: g1
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