Agentic IA: a nova onda da IA que combina inteligência humana e artificial no ambiente de trabalho

José Roberto Rodrigues

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A empresa de consultoria Gartner lançou sua lista de tendências em tecnologia para 2025, como faz a cada ano, e logo no primeiro item minha atenção ao conteúdo foi totalmente capturada. Trata-se da ascensão de Sistemas de IA, a Agentic AI (Inteligência Artificial Agêntica), uma inovação que combina diferentes técnicas, modelos e abordagens de IA, capacitando uma nova geração de agentes autônomos que podem analisar dados, definir metas e agir para alcançá-las. A nova abordagem de IA oferece a promessa de uma força de trabalho virtual que pode aliviar e potencializar o trabalho humano. Em 2024, este modelo não foi utilizado, porém o Gartner prevê que até 2028 pelo menos 15% das decisões diárias do ambiente de trabalho serão tomadas autonomamente por meio da Agentic AI.

Enquanto gestor em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), dois pontos da Agentic AI, no entanto, despertaram meu interesse. O primeiro, é claro, das possibilidades de aplicação no dia a dia, o que poderá executar e automatizar a experiência de trabalho. E o segundo é ponderar sobre o impacto disso no clima organizacional das empresas, pois a pergunta que não quer calar é: será que seremos substituídos por robôs? Esse questionamento, que tanto circulou no mercado de trabalho nos últimos anos, tem ganhado mais tração com o aprimoramento e uso da inteligência artificial generativa.

No começo deste ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) já causou alvoroço ao anunciar que 40% das vagas de emprego em todo o mundo serão afetadas pela IA, seja para complemento de tarefas ou na substituição total do emprego. Há um temor sobre o real impacto deste modelo computacional entre os profissionais, ao tempo em que especialistas de diversos campos reforçam algo dito desde que o primeiro computador de mesa foi ligado: o ser humano é o principal ativo de uma empresa, o computador (e a IA) são ferramentas para a realização do trabalho humano.

E eu acredito nesta ideia. A tecnologia é desenvolvida para acelerar nossos processos, e é justamente isso que ela faz ao ser inserida nas tarefas e rotinas. Isso desde o tear mecânico da Revolução Industrial até aqui, com a Agentic AI que se avizinha. A dinâmica do trabalho muda, gerando toda a movimentação da cadeia produtiva com as novas ferramentas que fazem o trabalho pesado, liberando o ser humano para se envolver em atividades de outra natureza. A questão crucial é quem aproveita esse momento para evoluir junto e se reinserir ou adaptar ao novo mundo do trabalho e quem para e reclama que “a máquina está roubando meu emprego”.

Neste ponto, destaco que os brasileiros estão bem à frente de seus pares latino-americanos (e até globais, ouso dizer), pois de acordo com a pesquisa “A Voz dos Candidatos”, da consultoria especializada em Recursos Humanos e Recrutamento Michael Page, 99% dos candidatos brasileiros estão dispostos a aprender mais sobre IA e 90% pretendem fazer isso para se adaptar a novas funções no futuro. Outra pesquisa do mesmo grupo, a Talent Trends 2024, que é aplicada em níveis nacional, regional e mundial, aponta que o Brasil é o líder em uso de IA na América Latina, com 37% dos entrevistados usando diferentes ferramentas em suas funções de trabalho. Em relação ao futuro, 60% dos brasileiros acreditam que a IA terá, a longo prazo, um grande impacto em seus planos de carreira. 

Muito desse conhecimento está sendo buscado de forma independente e nem sempre em compasso com o que se tem no ambiente corporativo. Vejo nisso uma oportunidade para que as empresas assumam as rédeas na educação para o trabalho, ofertando capacitações e treinamentos como ferramenta para desenvolvimento interno. Além do item motivacional, assumir esta liderança na formação também ajuda no treinamento adequado da própria inteligência artificial aplicada ao trabalho, cobrindo um item essencial de segurança e controle de dados.

O desenvolvimento tecnológico que vivenciamos hoje já deixou de ter velocidade exponencial, entrando no campo do processamento quântico. Há uma dose maior de incerteza em relação ao futuro do trabalho, porém uma confiança e disposição de aprender para acompanhar as mudanças que diferentes gerações não demonstraram. Como gestores, devemos aproveitar o momento para ensinar e aprender com nossas equipes.

José Roberto Rodrigues, Country Manager da Adistec Brasil e Alliance Manager LATAM.

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