Metade da web já é de robôs, diz empresa de Sam Altman – 11/01/2025 – Painel S.A.

Metade da web já é de robôs, diz empresa de Sam Altman - 11/01/2025 - Painel S.A.

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Sam Altman, fundador do ChatGPT, criou um aplicativo chamado World, que pretende criar uma identidade global a partir da coleta da íris de cada pessoa para que ela possa provar, especialmente nas redes sociais, que é humana e não um robô. Isso promete restringir danos causados em plataformas como Meta e X, que aboliram políticas de controle de conteúdo, permitindo espalhar ofensas e fakenews pela internet.

No Brasil, Rodrigo Tozzi comanda a Tools for Humanity (TFH), braço operacional do grupo de Altman que se faz presente em 39 países com a plataforma. Mais de 400 mil íris já foram coletadas em São Paulo, onde a empresa mantém três pontos de registro. Quem aceita recebe até 50 criptomoedas da rede por ano, a recém-criada WorldCoin, o que dá cerca de R$ 300 feita a conversão no mundo real.

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O criador do ChatGPT também desenvolveu um aplicativo para garantir que um humano não é um robô. É uma vacina contra malefícios da inteligência artificial?

Em 2019, quando o ChatGPT nem estava disponível no mercado, o Sam [Altman] achava que a inteligência artificial iria criar coisas positivas para a humanidade, mas também novos desafios. Ele entendeu isso nos primórdios e começou a idealizar uma rede de humanos em que a questão da privacidade seria muito importante. Hoje, a World virou uma fundação da qual ele não participa.

Quem é o dono da Tools for Humanity, que hoje operacionaliza essa plataforma em 39 países?

O Sam é um dos cofundadores.

Só em São Paulo, já foram mais de 400 mil íris registradas e há um pagamento virtual em tokens da própria World, o WorldCoin. Quem paga toda essa operação?

O modelo de negócio, os centros de verificação, é operado por um empreendedor independente da World ou da TfH e eles são remunerados para prestar o serviço. A TfH é uma startup. Levanta capital no mercado de risco para seguir expandindo.

Quais são os investidores?

Na rodada mais recente da World, em maio de 2023, foram levantados US$ 115 milhões com Blockchain Capital, 16z (Andreessen Horowitz), Bain Capital Crypto e Distributed Global. Este financiamento teve como objetivo expandir o protocolo de identidade World ID [prova de humanidade] e a carteira World App [carteira digital com criptoativos].

Mas como farão dinheiro com isso para garantir retorno aos investidores?

Isso ainda não está muito claro, mas uma das possibilidades é a comercialização da interação entre essa plataforma e as demais.

Como assim?

Uma rede social, por exemplo. Ela pode interagir com nossa plataforma para fazer a prova de humanidade de quem a está utilizando. Essa interação pode ser cobrada da rede para ajudar a rentabilizar o projeto. Bancos poderiam usar nosso sistema para evitar que, no futuro, um robô abra uma conta corrente, por exemplo.

A Meta e o X aboliram mecanismos de controle, permitindo ofensas e fake news. Essa ferramenta pode reduzir esses danos?

Uma rede social poderia fazer uma interação com a World e separaria perfis de humanos verificados de não identificados, potencialmente com chances de terem sido criados por robôs. Determinados conteúdos ou funcionalidades dessa rede social poderiam ser dedicados só para humanos. Isso ajudaria a evitar a propagação de fake news e na moderação de conteúdo pelos próprios humanos.

A quantidade de robôs nas redes já é tão significativa?

Metade do fluxo da internet hoje já é feito por robôs que fazem tarefas repetidas, como dar likes, inserir comentários pré programados, automação de atendimento, entre outras funções. Com o avanço da tecnologia, eles estão ficando mais sofisticados e, num futuro não muito distante, ficarão mais parecidos com humanos. Para garantir que estaremos falando com um humano, vamos precisar de um selo, um atestado de verificação. É isso o que a World está criando.

Por que coletar a íris?

Poderia ser a digital, mas ela muda ao longo da vida da pessoa e também pode ser alterada com produtos químicos. O DNA é o melhor, mas é invasivo demais. A íris é mais confiável que a digital e a chance de haver duplicidade é de uma em um bilhão.

Vocês armazenam as informações pessoais dos usuários, inclusive a íris?

Não. O interessado baixa o WorldApp, agenda um horário, vai ao centro de verificação. A Orb [uma super câmera esférica] registra três fotos em altíssima definição, uma do rosto e outras duas das íris. Então, ela detecta que aquele ser humano é único, valida a informação, criptografa e envia para o telefone do usuário. Neste momento, o dado é permanentemente apagado da Orb e o usuário passa a ter a propriedade e posse de seus dados.

A única informação que vai para a nuvem, nem para a World, nem para TFH, são pedaços desse código de criptografia de verificação da íris. Eles não carregam nenhuma informação específica do usuário. Não sabemos quem ele é, por exemplo. O sistema só identifica que ele existe e é humano, porque foi criptografado.

Onde ficam essas informações?

Em servidores de universidades dos EUA e Alemanha.

Por que não no Brasil?

O sistema é aberto. Se alguma universidade brasileira se interessar, pode ser mais um nó desta rede. Quanto mais nós, mais seguro vai ficando essa blockchain.

Vocês oferecem tokens para estimular os registros. Afinal, qual é o negócio: criar a rede ou estimular a cripto da World?

Queremos criar também a inclusão financeira para toda a humanidade. Existem pessoas não bancarizadas, sem acesso a dinheiro virtual. Cria-se uma rede de humanos e também se cria uma rede financeira com a WorldCoin, que é a moeda virtual criada nessa rede. A melhor forma de você distribuir a propriedade de um projeto descentralizado como esse é distribuir os próprios tokens.

Mas quem precisa de dinheiro no mundo real converte como?

Via nossos parceiros, na carteira digital da World.

E isso exige conta bancária.

Sim, a transação é feita por pix.

Com Stéfanie Rigamonti


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