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Resumo
- O Google removeu de seus princípios éticos para IA o compromisso de não utilizar a tecnologia em armas e vigilância.
- Segundo a big tech, a mudança reflete a ampla disseminação da IA nos últimos anos e a crescente demanda de clientes governamentais, especialmente em questões de segurança nacional.
- Apesar da alteração, o documento atualizado ainda menciona segurança, liberdade, igualdade e direitos humanos.
O Google alterou sua página de princípios éticos para inteligência artificial e removeu a promessa de não usar a tecnologia em armas ou sistemas de vigilância. A versão anterior do documento continha uma seção chamada “Aplicações que não buscaremos” — agora, esta seção não existe mais.
A alteração foi notada pela Bloomberg. Questionado pelo Washington Post especificamente sobre os trechos envolvendo armas e vigilância, o Google se recusou a responder.
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Por que o Google alterou suas políticas para IA?
O Google explica que atualizou seus princípios para IA porque, nos últimos anos, a tecnologia está muito mais disseminada e porque é necessário que empresas de países democráticos atendam clientes governamentais e envolvidos com a segurança nacional.
As informações constam em um texto publicado pela companhia em seu blog nesta terça-feira (04/02). Nele, a companhia também afirma que empresas, governos e organizações devem “trabalhar juntos para criar inteligências artificiais que protejam as pessoas, promovam crescimento global e apoiem a segurança nacional”.
O Google publicou seus princípios para inteligência artificial pela primeira vez em 2018. O documento veio logo após protestos de funcionários contra um projeto da companhia para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Naquela ocasião, o movimento levou o Google a não renovar este contrato.
Documento ainda menciona segurança e direitos humanos
Mesmo sem a seção “Aplicações que não buscaremos”, a versão atualizada dos princípios do Google para desenvolver a IA ainda contém trechos que mencionam tópicos como segurança, liberdade, igualdade e direitos humanos.
Em um dos trechos, a empresa diz que usará supervisão humana e receberá feedback para garantir que as tecnologias estejam alinhadas com “princípios amplamente aceitos de direito internacional e direitos humanos”. Além disso, a companhia promete que fará testes para mitigar resultados não intencionais ou nocivos.
Com informações de Washington Post e TechCrunch