A busca pelas últimas três vítimas do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, continua. E uma nova ferramenta foi incorporada às buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros. Os militares agora contam com a inteligência artificial para procurar pelas vítimas entre os rejeitos que são retirados dos locais atingidos.
A ferramenta foi implementada ainda em outubro de 2024. Câmeras e scanners são utilizados nessa análise feita pelos bombeiros. “As câmeras e o scanner filmam esse rejeito e analisam o formato da imagem desse rejeito, considerando a possibilidade de alguns segmentos corpórios que podem levar a perícia e a identificação de novas vítimas”, detalha Henrique, que também explica como funcionam as buscas.
“O rejeito é retirado de locais estratégicos, onde a gente já tem uma noção de lugar, de identificação dessas vítimas. Levamos até as estações de buscas, e lá o rejeito passa à frente do militar, sendo separado por um tamanho acima de 5 centímetros, que é um tamanho técnico definido pela perícia, que pode ser levado à identificação de alguma vítima”, esclarece.
Barcelos afirma que é muito difícil dar previsão de fim dos trabalhos de busca, mas ressalta que os trabalhos vão seguir de forma ininterrupta. “São 2.193 dias de busca, a gente ainda está buscando por três jóias, é assim que a gente chama essas vítimas aqui de Brumadinho, e utilizando agora oitava estratégica, que consiste nas estações de busca, uma vistoria de todo esse rejeito que passa pelo militar, agora com a novidade também da inteligência artificial, que a cada mês fica mais robusta”, afirma.
