Em resposta a pedidos para um “modo adulto” do ChatGPT, a OpenAI afrouxou as regras contra pornografia e violência explícita, antes proibidas de forma taxativa.
Agora, a inteligência artificial analisa o contexto antes de atender ou recusar pedidos de textos, áudios ou vídeos de sexo ou violência. A OpenAI afirma que as referências sexuais seriam apenas sugeridas, mas usuários relataram interações com o chatbot descrevendo cenas detalhadas.
O ChatGPT ativará o “modo adulto” para respostas “eróticas ou violentas” quando houver justificativa em ficção, jornalismo, ciência e medicina.
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Preocupações e riscos
Entidades de direitos humanos alertam que a tecnologia pode facilitar práticas abusivas, como pornografia de vingança e materiais ilegais. Um estudo publicado no site acadêmico The Conversation indicou mais de 50 sites gratuitos oferecendo conteúdo sexual gerado por IA em abril de 2024.
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A criação de conteúdos sexuais envolvendo menores segue proibida.
A OpenAI argumenta que a mudança promove “liberdade intelectual” e evita censura excessiva. Segundo a empresa, a flexibilização só foi possível devido ao avanço no controle da ferramenta.
Competição no setor de IA generativa
O CEO da OpenAI, Sam Altman, defende a liberalização desde 2023. Em maio de 2024, ele mencionou planos para trabalhar com “conteúdo NSFW”. O desafio, segundo ele, é equilibrar o uso pessoal com o veto à pornografia infantil e deepfakes.
“Isso não significa que queremos criar pornografia com IA”, disse uma superintendente da OpenAI à NPR. Ela destacou que a definição de pornografia pode variar conforme o contexto.
Impacto nas interações dos usuários
Usuários afirmam que agora obtêm descrições sexuais e violentas sem dificuldades, desde que apresentem um contexto. Antes, era necessário recorrer a “jailbreaks” para burlar as restrições.
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A mudança ocorre enquanto modelos de IA mais permissivos, como o Grok, de Elon Musk, ganham espaço. A plataforma de Musk ficou conhecida por deepfakes satíricos e análises políticas incisivas.
Novas permissões para análises políticas e dados públicos
O ChatGPT agora pode criar peças publicitárias para políticos, desde que não sejam direcionadas a públicos específicos. Também pode mencionar dados disponíveis na internet sobre figuras públicas, incluindo fotos e informações financeiras.
Fonte: arstechnica
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