Recentemente, o Google DeepMind expandiu sua revolucionária tecnologia SynthID, originalmente desenvolvida para marcação d’água em imagens, agora também para textos.
A novidade será integrada aos modelos de linguagem Gemini e lançada como um projeto de código aberto, trazendo novas possibilidades para a identificação de conteúdos gerados por inteligência artificial.
Mas como o SynthID consegue identificar textos criados por IA?
O segredo está em pequenos ajustes no processo de geração textual realizado pelos modelos de linguagem.
Esses sistemas funcionam ao prever, token por token, a próxima parte do texto – que pode ser uma letra, palavra ou até mesmo um trecho de frase – com base em probabilidades calculadas.
O SynthID intervém nesse cálculo de forma quase imperceptível, ajustando levemente as probabilidades de escolha sem comprometer a qualidade, precisão ou criatividade do texto.
Essas alterações sutis criam um padrão único que funciona como uma marca d’água digital. Em uma única frase, o sistema pode ajustar dezenas de probabilidades; em um texto mais longo, os ajustes chegam a centenas.
Esse conjunto de variações se torna uma assinatura identificável, permitindo que o texto seja reconhecido como conteúdo gerado por IA.
A tecnologia é eficaz até mesmo em textos curtos, com apenas três frases, e se torna mais robusta à medida que o texto se alonga. No entanto, há limitações: edições posteriores ao texto podem reduzir a eficácia da marcação.
Mesmo assim, o SynthID representa um avanço significativo, trazendo mais transparência e segurança em um momento em que a autoria digital está em constante debate.