Como o telescópio James Webb está mudando a maneira como entendemos o Universo

Compartilhe esta postagem

Índice do Conteúdo

Receba nosso boletim

Novos contatos

nossa newsletter

Pouco tempo depois que o Telescópio Espacial James Webb (JWST) começou a operar, astrônomos logo passaram a anunciar a descoberta de galáxias no universo primitivo que eram muito grandes e brilhantes para a sua idade. Logo, diversos portais passaram a anunciar que o equipamento estava “quebrando” nossa compreensão sobre o universo e sobre acontecimentos como o Big Bang.

Mas será que isso é verdade? As novidades trazidas pelo JWST são, de fato, extremamente significantes e impressionantes. Porém, as cartas que ele tem colocado na mesa são muito mais sutis e interessantes do que parecem. 

A teoria do Big Bang

Estaria o JWST prestes a encontrar informações que desbancariam a teoria do Big Bang? (Fonte: Getty Images)
Estaria o JWST prestes a encontrar informações que desbancariam a teoria do Big Bang? (Fonte: Getty Images)

O conceito do Big Bang surgiu para explicar o início da história do universo, quando o cosmos era muito menor, mais quente e mais denso do que é hoje. Esse modelo, desenvolvido no século XX, sobreviveu a uma bateria de testes observacionais e é extremamente eficiente em explicar uma variedade de observações cosmológicas.

Embora a teoria do Big Bang não possa afirmar com certeza quais galáxias aparecerão onde, ela oferece boas probabilidades. Inclusive, é por conta dela que os cosmólogos podem dizer aproximadamente quantas galáxias pequenas, médias e grandes devem existir por aí em uma certa idade do universo.

Contudo, até a existência do JWST, não tínhamos acesso observacional direto aos estágios iniciais da evolução galáctica. Em 2022, astrônomos anunciaram a descoberta de galáxias que teriam existido apenas 200 milhões a 250 milhões de anos após o Big Bang, o que seria números revolucionários. Porém, as notícias depois disso não são tão empolgantes assim.

Acerto de cálculos

Telescópio Espacial James Webb segue coletando informações sobre primórdios do universo. (Fonte: Getty Images)
Telescópio Espacial James Webb segue coletando informações sobre primórdios do universo. (Fonte: Getty Images)

Ao medir o desvio para o vermelho dessas galáxias — o aumento no comprimento de onda e uma diminuição correspondente na frequência e na energia do fóton da radiação eletromagnética —, os pesquisadores chegaram a conclusão de que elas não tinham nascido 240 milhões de anos após o Big Bang, mas sim mais de um bilhão de anos depois.

Isso é tempo o suficiente para que a teoria normal do Big Bang pudesse explicar seus tamanhos e formas. É possível a nossa atual teoria sobre a criação do universo esteja errada, mas ainda é preciso ter cuidado com as afirmações. Enquanto isso, o telescópio James Webb segue fazendo o que sempre esperamos dele: responder algumas das principais questões sobre como as primeiras estrelas e galáxias surgiram.

Mesmo assim, isso não quer dizer que essa ferramenta está “quebrando” a cosmologia e acabando com tudo que já construímos até aqui. Afinal, ainda existem mistérios escondidos por todas as partes do universo para nos manter com uma pulga atrás da orelha até lá. 


Source link

Assine a nossa newsletter

Receba atualizações e aprenda com os melhores

explore mais conteúdo

aprenda mais com vídeos

você que impulsionar seu negócio?

entre em contato conosco e saiba como

contatos midiapro
small_c_popup.png

Saiba como ajudamos mais de 100 das principais marcas a obter sucesso

Vamos bater um papo sem compromisso!