da possível lei que oportunizará novos negócios, às mudanças no universo do trabalho

Inteligência Artificial: da possível lei que oportunizará novos negócios, às mudanças no universo do trabalho

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Desde o lançamento do Chat GPT pela OpenAI em 2022, a IA – que ainda era algo distante para muitos – passou a ser uma ferramenta acessada até pelos menos familiarizados com a tecnologia. Em pouco tempo, chegou a mais 100 milhões de usuários, superando os números de plataformas, como Instagram e TikTok.

Apesar de utilizada por algumas companhias há algum tempo, o Chat GPT trouxe avanços na discussão para além do universo tecnológico, impactando, inclusive, o cenário do trabalho de diversos setores, bem como os dilemas éticos associados ao seu uso.

O futurista e CEO do Future Today Institute, Amy Webb, intitulou esta era como o “Superciclo da Tecnologia”, um período de aprendizados e de importantes mudanças que já estão ocorrendo nos negócios e na sociedade como um todo. E é na base deste “superciclo” que está a Inteligência Artificial, o pilar desta transformação.Prova disso é o setor de saúde.

Neste contexto, a IA pode revolucionar o diagnóstico de doenças, permitindo a detecção precoce e precisa de condições médicas através da análise de grandes volumes de dados clínicos e imagens médicas. Ainda é capazes de identificar padrões sutis que podem passar despercebidos aos olhos humanos, agilizando o processo de diagnóstico e melhorando significativamente os resultados dos tratamentos.

No setor financeiro não é diferente! A IA pode desempenhar um papel crucial na identificação de fraudes. Algoritmos avançados podem analisar transações em tempo real, detectando atividades suspeitas com uma precisão e velocidade incomparáveis, protegendo assim os consumidores e instituições financeiras de perdas potenciais.

No varejo e na indústria, por sua vez, a IA pode otimizar operações e reduzir desperdícios por meio de modelos preditivos. Ao analisar dados históricos e em tempo real, os sistemas de IA podem prever a demanda de produtos, otimizar estoques e melhorar a gestão da cadeia de suprimentos. Isso resulta em uma redução significativa de custos operacionais e um aumento na eficiência, beneficiando tanto as empresas quanto os consumidores.

Essas evoluções trazidas pela Inteligência Artificial geram enormes benefícios, impulsionando a inovação, aumentando a eficiência e melhorando a qualidade dos serviços em diversos setores. A aplicação da IA não apenas transforma, mas também melhora a qualidade de vida, oferecendo soluções mais rápidas, precisas e personalizadas para desafios complexos.

Estamos em uma era em que atividades repetitivas e manuais já são executadas por máquinas, revelando espaço para que as pessoas se dediquem às atividades mais humanas. Por isso, o futuro do trabalho favorecerá aqueles que conseguirem utilizar a infinidade de tecnologias disponíveis da melhor maneira possível, tornando-se, “super-humanos”.

Apesar de todos os pontos positivos que esse avanço tecnológico traz, encontramos alguns dilemas. A IA é criada por meio de um treinamento humano, mas, a partir disso, gera derivações que podem ser imprecisas em alguns casos. Isso gera preocupações sobre a qualidade dos dados nestes treinamentos e a precisão das informações que eles geram.

Para resolver esses desafios, o governo brasileiro vem discutindo um Projeto de Lei que visa regulamentar a Inteligência Artificial, a fim de garantir que as empresas que desenvolvem IA se preocupem com a qualidade dos dados utilizados no treinamento dos modelos, em fornecer fontes e checagem de fatos aos usuários. Esse movimento já foi vivido na Europa onde o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR), quando foi estabelecidas diretrizes rígidas para o uso de dados pessoais e a transparência dos algoritmos de IA.

Essa preocupação é válida e traz um possível amadurecimento dessa discussão dentro do próprio Senado brasileiro, mas que deve ser conduzida com cautela, considerando toda a cadeia de disseminação dessas informações, desde o treinamento dos modelos até os veículos que publicam essas informações. A regulamentação precisa garantir não apenas a qualidade e a precisão dos dados, mas a responsabilidade e a ética na utilização da IA.

Será um momento de grandes adaptações para a sociedade, empresas e governos. A transformação exigirá uma reavaliação de como trabalhamos, aprendemos e interagimos, enquanto exploramos as vastas oportunidades que a IA nos oferece.

No entanto, com a união cuidadosa e ética dessas tecnologias, podemos aguardar um futuro em que humanos e máquinas atuem lado a lado, rumo à novos patamares de produtividade e inovação.

Por Eduarda Sousa, Partner & CMO at Loomi 



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