Desinformação alimentada pela IA é uma ameaça em África – DW – 24/02/2025

Desinformação alimentada pela IA é uma ameaça em África – DW – 24/02/2025

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A Fundação Konrad Adenauer na África subsariana acaba de publicar um estudo sobre a desinformação apoiada pela inteligência artificial (IA). A desinformação apoiada por Inteligêcia artificial foi identificada como o ameaça número um no Relatório de Risco Global 2024 do Fórum Económico Mundial.

Hendrik Sittig, diretor do programa de comunicação da Fundação alemã que fez o estudo, afirma que a desinformação e as notícias falsas têm como objetivo minar os princípios democráticos e dividir as sociedades.

“É inacreditável o que é possível hoje em dia com estas fotografias, deepfakes, vídeos, áudios – é tão fácil produzi-los. É tão fácil produzi-los. É possível produzir toda esta desinformação com inteligência artificial em casa e de graça. Imaginem o que vai acontecer daqui a cinco ou dez anos. Isto é realmente assustador”, alerta o diretor. 

Os autores do estudo – Karen Allen, do Instituto de Estudos de Segurança, em Pretória, e Christopher Nehring, do Instituto de Ciberinteligência, em Frankfurt – documentaram a desinformação da IA em África, particularmente em relação às eleições nacionais. 

Startup em África usa tecnologia da IA
A inteligência artificial também é potenciada para o progresso em ÁfricaFoto: Isaac Kaledzi/DW

Falta investigação

O objetivo é frequentemente minar as autoridades e os processos eleitorais. No entanto, o estudo faz uma ressalva: Para além das eleições, a  desinformação da IA em África quase nunca é investigada.

Christopher Nehring comparara os desafios na Europa e em África – e encontrara semelhanças: “Conseguimos identificar muitos dos mesmos atores gerais por detrás de muitas das mesmas aplicações de IA que estão a ser utilizadas”.

De acordo com Nehring, os partidos políticos de extrema-direita utilizam muito ativamente a IA para campanhas e desinformação. Em África, no entanto, outros atores, como aChina ou os estados árabes, também tentam difundir as suas narrativas através da propaganda, escrevem os autores.

Os atores com ligações a outros estados, bem como as organizações terroristas e islâmicas e os cibercriminosos, utilizam a IA em campanhas de desinformação online principalmente para gerar conteúdos, confirmando estudos anteriores de outros investigadores.

Em muitos países africanos, existe um fator que limita involuntariamente o alcance da desinformação gerada pela IA: O acesso à Internet e às redes sociais em África é muitas vezes caro e, em alguns locais, inexistente. Os autores concluíram que a disseminação dos conteúdos manipulados de aspeto realista em que, por exemplo, o rosto de uma celebridade é editado numa gravação ou a voz é falsificada com recurso à IA ainda é relativamente imatura.

Na Costa do Marfim já há alertas públicos sobre notícias falsas
Na Costa do Marfim já há alertas públicos sobre notícias falsas Foto: Sia Kambou/AFP/Getty Images

Momentos críticos

O conflito no Congo foi um caso de estudo, pois criou um terreno fértil para a desinformação e o discurso de ódio. O conflito violento agravou-se nas últimas semanas.

A opinião pública tem sido influenciada por imagens e textos ligados a contas do Ruanda.

O que está em causa, segundo Karen Allen, é o acesso a “informação clara, verificável e verdadeira, com base na qual as pessoas podem fazer os seus próprios juízos políticos.

“Afinal, eram todos avatares. Não são pessoas reais, são avatares que foram criados para apoiar uma narrativa política”, esclarece. E Allen prossegue: “Faziam parte de uma campanha política que tu e eu poderíamos pensar, como observadores casuais, que era uma campanha política da vida real” .

Este tipo de tática é utilizado principalmente em locais que se encontram numa fase de transição ou numa situação de conflito, mas também durante as eleições.

A influência através da IA tem vindo a aumentar maciçamente em África desde há anos, como demonstram vários estudos. Ao mesmo tempo, porém, o número de organizações de verificação de factos acreditadas em África que procuram ativamente conteúdos de IA também está a aumentar. Isto pode também refletir os interesses dos países doadores.

Como é que os cidadãos africanos se podem proteger deste tipo de manipulação? Os autores do estudo recomendam a existência de uma variedade de fontes diferentes para obterem as suas notícias e de um melhor acesso à informação.

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