Energia para a inteligência artificial

Energia para a inteligência artificial

Compartilhe esta postagem

Índice do Conteúdo

Receba nosso boletim

Novos contatos

nossa newsletter

A corrida para o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) vai exigir grande demanda por energia elétrica para operação e resfriamento de enormes data centers. O presidente Trump avisou que os Estados Unidos terão de dobrar sua atual capacidade de produção de energia elétrica.

As infraestruturas utilizadas para o treinamento e funcionamento dessas tecnologias dependem de instalações físicas que abrigam máquinas, computadores e equipamentos responsáveis pelo processamento, armazenamento e distribuição de dados. Precisam estar disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana. É processo irreversível em economias cada vez mais digitais que precisam de forte aumento de produtividade.

Dados da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) dão conta de que os data centers foram responsáveis por cerca de 1,5% do consumo global de eletricidade em 2022. As estimativas são de que o consumo de energia elétrica dessas estruturas até 2026 pode dobrar, aproximando-se de setores intensivos em eletricidade, como o da produção de alumínio.

Esse crescimento não impõe apenas desafios ambientais e energéticos. Envolve questões de regulamentação para as quais grande parte do mundo não se preparou, de modo que essa demanda colossal não comprometa as políticas de descarbonização já em curso, nem prejudique o planejamento energético dos países ou aumente a produção de energia elétrica oriunda de matrizes fósseis.

A matéria ganhou mais urgência nas últimas semanas em consequência de novos movimentos dos Estados Unidos e da China, as duas grandes peças do xadrez global.

O primeiro foi o anúncio de Donald Trump sobre um megaprojeto para a criação de infraestrutura para inteligência artificial, o Stargate, de nada menos que US$ 500 bilhões.

O segundo movimento foi a apresentação para o mundo do modelo de IA produzido pela startup chinesa DeepSeek. Trata-se de tecnologia menos dependente dos gigantescos data centers em que o modelo americano está investindo. O anúncio foi o suficiente para causar perda trilionária no valor de mercado dos principais players do Vale do Silício e obrigou outra grande parte do mundo a recalcular a rota em um mercado que, embora esteja valendo trilhões de dólares, ainda se encontra em estágios embrionários

Independentemente do caminho a ser seguido, o Brasil pode atrair esse segmento, por ter uma matriz elétrica mais limpa e contar com grande oferta de energia renovável. Não só isso, o País também pode oferecer soluções que tornem os data centers mais sustentáveis, por meio do uso de hidrogênio verde e de células de combustível.

Os pedidos para instalação de data centers no Brasil indicam uma demanda de energia elétrica que pode chegar a 9 gigawatts até 2035. Para isso, o País precisa desenvolver infraestrutura local e criar um marco regulatório que atraia esses negócios. (com Pablo Santana)

Celso Ming é comentarista de economia

 

 



Source link

Assine a nossa newsletter

Receba atualizações e aprenda com os melhores

explore mais conteúdo

aprenda mais com vídeos

você que impulsionar seu negócio?

entre em contato conosco e saiba como

contatos midiapro
small_c_popup.png

Saiba como ajudamos mais de 100 das principais marcas a obter sucesso

Vamos bater um papo sem compromisso!