Um sistema estelar localizado a 3.000 anos-luz de distância da Terra em breve será visível a olho nu, abrindo oportunidades únicas de observação. Trata-se da estrela T Corona Borealis (T CrB), que teve sua última explosão em 1946 e deverá explodir novamente em 2024. Segundo a NASA, uma explosão nuclear cataclísmica (chamada de Nova) ocorre aproximadamente a cada 80 anos nesta estrela. A agência espacial dos EUA acredita que esta Nova terá um brilho semelhante ao da famosa Estrela do Norte (Polaris).
A T Corona Borealis atualmente tem magnitude de +10, ou seja, é muito fraca para ser observada da Terra sem dispositivos adicionais. Mas se explodir, espera-se que atinja uma magnitude de +2. Assim que atingir seu brilho máximo, a NASA indica que ela deverá ficar visível a olho nu por vários dias, e pouco mais de uma semana usando binóculos. Depois, ela deve escurecer possivelmente por mais 80 anos, já que as últimas Novas foram em 1866 e em 1946.
A NASA aponta que a T CrB faz parte de um sistema binário (ou seja, de duas estrelas). Ela é uma anã branca enquanto a outra estrela é uma gigante vermelha. Estas estrelas estão tão suficientemente próximas umas das outras que, à medida que a gigante vermelha se torna instável devido ao aumento de temperatura e pressão, ela começa a libertar-se das suas camadas exteriores, fazendo com que a anã branca acumule essa matéria na sua superfície.
Como resultado, a atmosfera densa e rasa da anã branca eventualmente aquece o suficiente para desencadear uma reação termonuclear descontrolada, produzindo assim uma Nova que é visível da Terra.
Quando e onde ver a explosão?
Por estar no hemisfério celestial norte, a Nova só poderá ser vista de países do hemisfério norte. A NASA recomenda a se familiarizar primeiro com a constelação Corona Boreal (também chamada de Coroa do Norte). Ela forma um pequeno arco semicircular perto de Boieiro (Boötes) e Hércules, onde se espera que a Nova ocorra.
Vale lembrar que o processo de uma Nova não cria uma estrela, é apenas uma explosão nuclear. A estrela já existe, porém ela só não é visível para nós. Segundo os astrônomos da NASA, a Nova deverá acontecer no mais tardar em setembro deste ano.
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