Os projetos Jumpai e Osiris, desenvolvidos, respectivamente, por alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) Profª Maria Cristina Medeiros, de Ribeirão Pires, e da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Registro, são os vencedores nacionais da quarta edição do Intel® AI Global Impact Festival. O anúncio foi feito na tarde da quarta-feira (23), em evento realizado na sede da Intel Brasil, na Capital. Foram avaliadas mais de 100 propostas finalistas, de 25 países.
A diretora do Centro de Capacitação Técnica, Pedagógica e de Gestão do Centro Paula Souza (CPS), Lucília Guerra, participou da cerimônia e reforçou como a colaboração com a empresa é necessária para oferecer aos alunos práticas alinhadas às atualizações tecnológicas. ”A Intel é uma parceira de longa data, que oferece aos nossos estudantes projetos que furam a bolha da escola e mostram como o mundo é maior que a sala de aula”, disse.
O Intel® AI Global Impact Festival desafia a apresentação de trabalhos que afetem diretamente as comunidades e as vidas daqueles que convivem com os desenvolvedores. As propostas vencedoras deste ano apresentam soluções inovadoras, com foco em promover inclusão e impacto social. Conheça os vencedores:
Jumpai
As jovens Ana Laura Vicentine, Giovanna Rocha e Thifany Garcia contaram com a orientação dos professores Anderson Vanin e Cintia Pinho, no desenvolvimento do Jumpai, um jogo que promove entretenimento inclusivo para pessoas com mobilidade reduzida. Na proposta, a inteligência artificial (IA) foi programada para detectar pontos oculares, interpretar o direcionamento do olhar e as piscadas, para emitir os comandos que controlam as ações do personagem do game. Além disso, o jogo permite que, usando uma luva, seja possível detectar movimentos sutis dos dedos, com a mesma finalidade. O projeto venceu a categoria para estudantes com idades entre 13 e 18 anos.
“É um sentimento de imensidão, de que nosso projeto não tem limites, de que não estamos sozinhas nessa caminhada e, principalmente, que podemos alcançar mais pessoas”, comentou Giovana.
Osiris
O aplicativo vencedor da categoria para alunos maiores de 18 anos visa promover e integrar plantas alimentícias não convencionais (Pancs) ao consumo da população, aumentando a diversidade alimentar e aproveitando o potencial nutricional desses alimentos. Desenvolvida pelos alunos João Arthur Almeida Gomes, Matheus Felipe Gomes Da Silva e Davi Torres Araújo, sob orientação do professor Frederico Muniz, a ferramenta usa os recursos React Native, MongoDB e Spring Boot, IA e Deep Learning, para fornecer informações sobre cultivo, receitas e análises detalhadas para caracterizar as Pancs.
Perto do concluir o curso de Desenvolvimento de Software Multiplataforma, o grupo faz parte da primeira turma da Fatec Registro. Além da alegria pela conquista, os alunos se sentem felizes pelo exemplo que transmitem. “Fomos surpreendidos e estamos orgulhosos do resultado, mostrando todo potencial das nossas ideias. Podemos conquistar espaços que nem imaginávamos”, afirmou João Arthur.
AI Global Impact Festival
O Intel® AI Global Impact Festival é uma iniciativa que reúne trabalhos de tecnólogos, futuros desenvolvedores, formuladores de políticas e líderes acadêmicos para resolver problemas do mundo real usando inteligência artificial. A competição faz parte do Intel® Digital Readiness Program, que capacita o público não técnico a usar a tecnologia.
“Democratizar a inteligência artificial é um dos grandes focos da Intel para os próximos anos” conta Emílio Loures, diretor de Assuntos Governamentais da Intel Brasil. “Iniciativas como o Intel® AI Global Impact Festival são uma forma de celebrar a próxima geração de inovadores e mostrar como as suas ideias e esforços têm potencial para mudar o mundo.”
Além dos projetos da Etec e Fatec, a América Latina está representada por propostas da Argentina, do México e da Costa Rica. Em nível global, o grupo de vencedores inclui participantes dos Estados Unidos, Polônia, Malásia, Singapura, Moldávia, China, Turquia e Índia.
Em 2023, estudantes da Etec de Ribeirão Pires também venceram a competição global, com projeto destinado às pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Saiba mais