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Desde segunda-feira 9, está disponível por 20 dólares mensais, para assinantes do ChatGPT nos EUA, o mais novo avanço tecnológico em Inteligência Artificial voltada ao “cidadão comum”. Desenvolvido pela ­OpenAI e capaz de gerar vídeos realistas a partir de comandos de texto simplificados, o sistema Sora chega ao mercado cercado de polêmica, tantas são as dúvidas sobre o seu impacto em áreas como a produção audiovisual e o jornalismo e os temores quanto ao uso indevido para a disseminação de desinformação política ou atentados contra a honra. Enquanto os cães ladram, a caravana da empresa comandada por Sam Altman acelera o ritmo, de olho na disputa por um mercado que não para de crescer, povoado por dezenas de startups que prometem outras novidades para 2025, quando o mundo poderá conhecer a Inteligência Artificial Geral (AGI, na sigla em inglês), nova fase do desenvolvimento da tecnologia. Líder nessa corrida, a OpenAI recebeu um empurrãozinho de 16 bilhões de dólares dado pela gigante Microsoft para manter sua posição.

Na maioria dos países, a efervescente disputa comercial não é acompanhada na mesma velocidade pelos esforços para regulamentar o uso da nova tecnologia. No Brasil, onde a estagnação do setor de CT&I no governo Bolsonaro fez o País entrar atrasado na discussão, tanto no aspecto científico quanto no legal, a semana trouxe um importante avanço com a votação pelo Senado da lei que regulamenta o uso da IA em território nacional. A aprovação do projeto, que agora segue para a Câmara, coincide com a retomada pelo Supremo Tribunal Federal da discussão de outro aspecto regulatório fundamental: a criação de um arcabouço legal para definir a responsabilização das grandes plataformas, as chamadas big techs, em relação aos conteúdos por elas veiculados. Com os votos proferidos por seus respectivos relatores, foram iniciados julgamentos que decidirão sobre a constitucionalidade do ­Artigo 19 do Marco Civil da ­Internet e sobre as condições em que devem ser atribuídas as responsabilidades das redes.



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