Em 20 de julho de 1969, a missão Apollo 11 da NASA, a agência espacial americana, pousou na Lua com humanos pela primeira vez. Hoje, mais de cinco décadas depois, diversas iniciativas para tentar conseguir povoar o satélite estão em andamento. A ideia ambiciosa é a de que, nas já próximas décadas, a Lua abrigue uma cidade futurista e seja porta de entrada para outros planetas.
Desde 2022, a NASA mantém um contrato de US$ 57 milhões com a Icon, empresa de impressão de residências em 3D, para desenvolver um modelo de habitação lunar permanente. O projeto Olympus prevê uma super impressora que poderá construir as estruturas em apenas 48 horas. O projeto arquitetônico conta com colaboração do renomado escritório BIG, do arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels.
Essas habitações coletivas contariam com imensos jardins verticais, já que os planos são cultivar em água os alimentos necessários à população. O solo lunar, chamado de regolito, é pobre em nitrogênio, o que pode dificultar a germinação e crescimento das sementes.
Nos próximos anos, a NASA também espera dispor de veículos adaptados ao solo da Lua. Atualmente, três empresas estão desenvolvendo seus protótipos, que ajudarão os astronautas a chegar a locais nunca antes explorados e considerados inacessíveis a pé.
O transporte será essencial para a pesquisa científica e exploração do polo sul da Lua durante a missão Artemis V, programada para 2026, que pretende levar dois astronautas ao satélite pela primeira vez em 55 anos.
Mas os veículos seriam apenas o primeiro passo de um plano maior, previsto para 2050, de criar um meio de locomoção mais efetivo na Lua. O Departamento de Defesa dos EUA propôs um sistema ferroviário lunar, que poderia transportar humanos e suprimentos entre várias bases espalhadas pelo satélite, um passo essencial para colonizar o satélite.
Outro ponto importante e essencial à vida é a geração de energia elétrica. Com noites que podem durar até duas semanas, depender da energia solar não é algo viável na Lua, que também não possui ventos. Por isso, a NASA apresentou o Fission Surface Power Project, que visa instalar um reator nuclear na Lua, um dos maiores objetivos da missão Artemis V. O sistema poderia fornecer energia contínua, independentemente das condições climáticas.
A Agência Espacial do Reino Unido e a Rolls-Royce também têm seus planos de criar uma usina nuclear futurista na Lua, assim como a Rússia e a China, que esperam instalar a primeira unidade nuclear no satélite até 2035. Construída por robôs, a usina fará parte do plano da China e da Rússia de construir a Estação Internacional de Pesquisa Lunar – uma ampla base espacial que deverá começar a ser sair do papel em 2026.
A Lua também poderá ter o seu próprio fuso horário, à medida que os planos para desenvolver bases permanentes progridem. As nações que viajam pelo espaço usam, atualmente, os seus próprios fusos horários ao realizar missões lunares, o que pode se tornar inviável quando a “cidade lunar” existir.
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