O Grupo de Trabalho criado para analisar e estabelecer diretrizes e parâmetros para o uso da Inteligência Artificial Generativa no âmbito do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) apresentou hoje seu primeiro relatório de atividades à presidência do TCE.
Nesse primeiro momento, o Grupo de Trabalho está atuando na execução do PoC (prova de conceito) aprovada pelas comissões internas do TCE-MA. O relatório apresentado hoje traz o resultado da prova de conceito, descrevendo o que foi realizado até o momento e as funcionalidades testadas e viáveis na utilização da IAG, incluindo considerações sobre os próximos passos para a implementação da IAG.
De acordo com o coordenador do Grupo de Trabalho, o procurador de Contas Jairo Cavalcanti Vieira, esse estágio dos trabalhos ainda não permite fixar um prazo para implementação das soluções de IAG no TCE-MA. “Atualmente a melhor abordagem é aquela cujo objetivo é fazer a entrega de produtos viáveis, proporcionando algo que seja útil aos usuários, ainda que não finalizado em sua totalidade. Dentro dessa visão, a expectativa é de que sendo formalizada a contratação de serviços para desenvolvimento da IAG durante o ano de 2025, até 2026 já teremos soluções que sejam operacionais no TCE-MA”, avalia.
A Inteligência Artificial Generativa é um segmento da inteligência artificial que tem por finalidade a criação de conteúdo novo, baseado em padrões identificados nos conjuntos de dados de treinamento. Com esta ferramenta, é possível criar conteúdo como texto, imagens, áudio, vídeo, código de software, podendo ser gerados a partir de solicitações em linguagem natural, ou até de através de imagens para imagens, e de vídeos para vídeos. Diversas áreas e processos de trabalho estão passando por profundas mudanças com a utilização desta tecnologia.
Vários Tribunais de Contas já incorporaram o uso da Inteligência Artificial Generativa às suas atividades. Recentemente, a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) lançou o catálogo “Inteligência Artificial Generativa na Transformação Digital dos Tribunais de Contas”. A obra é fruto de uma ação colaborativa das Redes de Secretários de Tecnologia da Informação (STI), de Secretários de Governança e Gestão (SGG) e do Projeto de Inteligência Artificial da Atricon.
A publicação reúne as soluções de IA generativa desenvolvidas e implementadas nos Tribunais de Contas brasileiros que demonstram a importância e a relevância do uso de ferramentas destinadas a agilizar os processos, simplificar tarefas e aprimorar a prestação de serviços aos públicos interno e externo.
Integram o Grupo de Trabalho do TCE sobre Inteligência Artificial Generativa o procurador do Ministério Público de Contas (MPC), Jairo Cavalcanti Vieira, coordenador das atividades; o conselheiro-substituto, Melquizedeque Nava Neto; as auditoras estaduais de controle externo Ana Karine Sales Maia e Lilia Barbosa; e os auditores estaduais de controle externo Bruno Ferreira Barros de Almeida e Luiz Carlos Melo Muniz.