IA não nos dará mais tempo livre, diz sócia da Lightspeed

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Você já deve ter escutado um milhão de vezes: na visão dos entusiastas da inteligência artificial, à medida que mais processos de trabalho utilizarem IA, mais fácil será a vida de nós humanos, dando o tempo livre que hoje está cada vez em falta. Mas será vai ser assim mesmo? Segundo Mercedes Bent, sócia da Lightspeed, fundo global com mais de US$ 25 bilhões sob gestão, a tendência mais provável é que a IA vai nos fazer trabalhar ainda mais.

“Avanços tecnológicos anteriores resultaram no oposto – mais horas de trabalho. Desde o início da era da Internet, os ganhos de produtividade não equivaleram a uma jornada de trabalho mais curta para os trabalhadores do conhecimento”, disparou Mercedes, em um post no seu LinkedIn.

É uma opinião curiosa partindo de uma executiva da Lightspeed, fundo que nas últimas semanas foi cotado como o próximo investidor da Anthropic. Segundo fontes de mercado, a Lightspeed estaria negociando para liderar uma rodada de US$ 2 bilhões na startup, subindo o valuation dela para mais de US$ 60 bilhões.

A constatação de Mercedes não é algo para detonar a IA, mas apenas um choque de realidade sobre o discurso que muitos usam para vender a tal “revolução” que a IA trará para o futuro dos negócios.

Segundo a sócia da Lightspeed, é apenas mais um capítulo na história do crescimento exponencial trazido pela tecnologia. “Tivemos a revolução das big techs nos 1980s, e desde então, a média de horas trabalhadas por dia só aumenta para trabalhadores com formação”, afirma.

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No gráfico divulgado pela executiva, apenas os trabalhadores do segmento de serviços viram uma redução na sua carga de trabalho. Enquanto isso, em áreas como gerência, vendas, operacional e outras, a tecnologia trouxe mais trabalho do que tempo livre.

Os motivos para isso? Segundo Mercedes, a tecnologia se tornou um catalisador para ser mais e mais produtivo. Ou seja, em vez de ajudar colaboradores a manter sua produtividade, a um custo de tempo e recursos menor, ela se tornou um instrumento para extrair mais resultados dos colaboradores.

“À medida que as margens brutas dos produtos melhoraram, as empresas não pararam quando atingiram as metas de rendimento. Ao contrário do “efeito de direcionamento de rendimento” observado nos motoristas de táxi durante os dias chuvosos, as empresas não dizem: ‘Já fizemos o suficiente, vamos parar por aqui’. É claro que eles continuarão pressionando por mais”, pondera.

A visão da executiva da Lightspeed é compartilhada por outros especialistas. Para Martin Gutmann, analista da revista Fortune e professor de negócios na universidade de Lucerna, na Suíça, sistemas automatizados podem elaborar relatórios, responder às dúvidas dos clientes ou até mesmo produzir conteúdo criativo. Mas à medida que as expectativas aumentam, também aumentam as exigências sobre aqueles que supervisionam, melhoram e colaboram com estes sistemas.

“A gestão, fortalecida pelos supostos ganhos de produtividade da IA, pode ver cada funcionário como capaz de realizar exponencialmente mais trabalho. Um funcionário que já foi responsável pela elaboração de algumas apresentações pode agora supervisionar dezenas criadas por IA – auxiliado apenas por sua capacidade de orientar, editar e refinar mais rápido do que nunca. Em vez de aliviar os encargos, a IA pode tornar-se fonte para uma escalada implacável”, dispara Martin.

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