Depois de dois meses em queda, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) registrou aumento de 1,6 ponto em agosto. Com isso, o indicador da Confederação Nacional da Indústria (CNI) passa de um estado de neutralidade para um patamar de confiança, com 51,7 pontos. Apesar da interrupção nos cortes da Selic e da flutuação recente do câmbio ainda preocuparem os industriais, outros pontos contribuíram para este avanço.
“O aumento recente da produção industrial, do emprego na indústria e do faturamento são fatores que podem ter influenciado positivamente a avaliação das condições atuais por parte dos empresários, mas é preciso ter moderação na leitura desse resultado positivo. Embora seja uma recuperação em relação a julho, o índice se encontra abaixo da média histórica e abaixo do patamar registrado nos meses de agosto desde 2017”, explica a economista da CNI, Larissa Nocko.
Três componentes do ICEI seguem abaixo dos 50 pontos
Em agosto, o Índice de Condições Atuais avançou 2,8 pontos, de 44,4 pontos para 47,2 pontos. O subcomponente relativo às condições atuais da empresa cresceu 2,6 pontos e cruzou a linha divisória dos 50 pontos. É a primeira vez, desde janeiro de 2024, que esse indicador mostra percepção de melhora por parte dos empresários. Já a avaliação das condições atuais da economia brasileira passou de 37,6 pontos para 40,6 pontos.
O Índice de Expectativas registrou avanço em agosto, subindo de 52,9 pontos para 53,9 pontos. A análise dos componentes do índice de expectativas mostra que os empresários seguem otimistas em relação aos próximos seis meses das próprias empresas, mas pessimistas com relação à economia brasileira.
Sobre o ICEI
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) é uma pesquisa mensal da CNI que acompanha o sentimento empresarial e sinaliza as tendências da produção na indústria. Para esta edição, foram consultadas 1.282 empresas industriais, entre 1º e 7 de agosto.