Inteligência Artificial avançada auxilia no diagnóstico de AVC

Inteligência Artificial avançada auxilia no diagnóstico de AVC

Compartilhe esta postagem

Índice do Conteúdo

Receba nosso boletim

Novos contatos

nossa newsletter

Uma nova ferramenta baseada em inteligência artificial (IA) promete revolucionar o diagnóstico e tratamento de acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Desenvolvido por pesquisadores do Imperial College London, da Technical University of Munich e da Edinburgh University, o software utiliza algoritmos avançados para determinar com maior precisão o momento do início do AVC e avaliar se os danos causados podem ser revertidos. A descoberta foi publicada recentemente na revista científica NPJ Digital Medicine, da Nature.

O grande diferencial do software é sua capacidade de superar os desafios enfrentados nos métodos tradicionais de diagnóstico. Atualmente, médicos utilizam varreduras cerebrais para identificar o quão escura está uma área afetada pelo AVC, uma técnica que, embora eficaz, apresenta limitações. De acordo com o estudo, o novo sistema de IA foi considerado duas vezes mais preciso que esse método convencional.

Os AVCs ocorrem quando vasos sanguíneos no cérebro se rompem ou entopem, privando a área de circulação sanguínea. Existem dois tipos principais: o hemorrágico, causado pelo rompimento de vasos, e o isquêmico, provocado pela obstrução arterial. Quando um AVC acontece, a rapidez no diagnóstico e tratamento é crucial, já que as células cerebrais começam a morrer em poucos minutos.

“O tempo é um fator determinante no tratamento do AVC”, explica Paul Bentley, do Departamento de Ciências Cerebrais do Imperial College London. “Para a maioria dos casos de derrame isquêmico, o paciente pode receber tratamentos médicos ou cirúrgicos se estiver dentro da janela de 4,5 a 6 horas desde o início dos sintomas. Após esse período, o tratamento se torna menos eficaz, e muitos casos se tornam irreversíveis”.

Como funciona a IA

Treinado com um banco de dados de 800 exames cerebrais, o algoritmo de IA identifica automaticamente áreas afetadas pelo AVC e analisa as lesões, estimando o momento exato do evento e determinando a idade biológica das lesões. O software também avalia se as áreas danificadas podem ser revertidas com tratamento.

Em testes com quase 2 mil pacientes, a ferramenta demonstrou ser duas vezes mais precisa que os métodos atuais. Essa precisão se deve à inclusão de informações adicionais nas análises, como textura e variações dentro das lesões e nos tecidos cerebrais ao redor.

“Nosso software não apenas é mais preciso na determinação do tempo, mas também pode ser automatizado, agilizando decisões críticas em emergências”, destacou Bentley.

Os criadores estimam que até 50% mais pacientes com AVC poderiam ser tratados de forma eficaz com a adoção do novo método. “Nossa meta é integrar essa tecnologia ao NHS [o sistema de saúde pública do Reino Unido], complementando os softwares analíticos de IA que já estão em uso em hospitais”, afirma Adam Marcus, autor principal do estudo.

Casos de AVC 

Um estudo publicado em setembro na The Lancet Neurology revelou um aumento significativo nos casos de acidente vascular cerebral (AVC) e nas mortes relacionadas à condição nas últimas três décadas. De acordo com a pesquisa, os diagnósticos de AVC aumentaram 44%, enquanto as mortes subiram 70% no período analisado.

O estudo também destacou que os casos de derrames associados a altas temperaturas foram um dos grupos que mais cresceu, registrando um aumento de 72% nos últimos 30 anos. Em 2021, 84% dos casos de AVC foram atribuídos a 23 fatores de risco modificáveis, como poluição do ar, hipertensão, obesidade, tabagismo e sedentarismo.

Uma descoberta importante foi a identificação da poluição do ar por partículas como um dos principais fatores de risco para o AVC hemorrágico. Esse tipo de derrame, que ocorre quando vasos sanguíneos no cérebro se rompem, teve 14% de suas mortes e incapacidades associadas à poluição do ar, um impacto comparável ao causado pelo tabagismo.

Além dos fatores comportamentais e ambientais, o estudo também aponta o envelhecimento da população e o aumento demográfico como contribuintes significativos para o crescimento dos casos de AVC. A deterioração da saúde global relacionada a essa condição aumentou 32% durante o período analisado.

Esses dados ressaltam a urgência de implementar medidas preventivas acessíveis e eficazes. Especialistas enfatizam a importância do controle da pressão arterial, da adoção de hábitos saudáveis e da redução da exposição a fatores ambientais como estratégias essenciais para diminuir os riscos de AVC.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

Source link

Assine a nossa newsletter

Receba atualizações e aprenda com os melhores

explore mais conteúdo

aprenda mais com vídeos

você que impulsionar seu negócio?

entre em contato conosco e saiba como

contatos midiapro
small_c_popup.png

Saiba como ajudamos mais de 100 das principais marcas a obter sucesso

Vamos bater um papo sem compromisso!