No segundo dia do 10ª edição do Fórum Social Mundial da População Idosa (FSMPI), que celebra uma década de debates e iniciativas voltadas ao envelhecimento saudável e à inclusão, uma das pautas destacadas foi a Inteligência Artificial. A palestra ministrada por Jorge Mello, engenheiro de Software e também especialista em geriatria e gerontologia, reuniu diversos interessados no tema. O evento aconteceu no Plenarinho da Assembleia Legislativa, na manha desta terça-feira.
“O mundo está envelhecendo e a Inteligência Artificial (IA) pode ser uma aliada nas questões de saúde, de entretenimento e assistência domiciliar inteligente”, esclarece Jorge Mello. Um dos principais benefícios da IA, segundo ele, diz respeito a área da saúde. Sistemas de monitoramento podem acompanhar os sinais vitais, perceber se algo está errado com o usuário e chamar ajuda se precisar. “Como exemplo dessa realidade temos o aplicativo Ada, que auxilia pacientes a realizar a primeira avaliação de sintomas, possibilitando entender as causas e indicar possíveis diagnósticos”, afirma Mello.
Além do Ada, o palestrante citou o popular ChatGPT, reiterando que o aplicativo facilita o cotidiano da terceira idade, uma vez que é capaz de redigir textos, resumir livros e realizar uma variedade de outras funcionalidades. “Com a nova funcionalidade do ChatGPT que utiliza a função da voz, o idoso não precisa mais digitar ou ler na tela do celular, basta falar” conclui.
O FSMPI foi criado em 2015 como um desdobramento do Fórum Social Mundial (FSM), que teve sua primeira edição em 2001, em Porto Alegre. Desde então, o evento, que segue até a próxima sexta-feira, busca dar voz aos idosos, tendo em vista que o mundo vive nas últimas décadas uma reviravolta na pirâmide etária devido à queda na fecundidade e natalidade e aumento da longevidade.