Lufe Werneck – Sabarense, já imaginou entregar um trabalho escolar feito por inteligência artificial e o professor dar zero para ele? Pois bem, parece que é exatamente isso que o Professor Costela fez com seu dever de casa para a cidade de Sabará
Eu tive que ler as 41 páginas do documento da coligação, que, ironicamente, se chama “União e Competência”. Quem acompanha as reuniões da Câmara de Sabará sabe que isso só pode ser uma piada de mau gosto. Até aí, tudo bem; faz parte do marketing do Costela. Porém, a cada parágrafo, algo me incomodava. Ao ler o documento, é impossível não perceber a linguagem excessivamente formal, as repetições estruturais e a linearidade quase robótica das ideias apresentadas. Tudo indica que eu estava diante de um documento gerado por IA, uma ferramenta que, embora eficiente em organizar dados e estrutura gramatical, carece de alma, de conexão humana e, sobretudo, de compromisso com a realidade de Sabará.
O uso de IA para redigir um plano de governo não é apenas uma questão de estilo ou preferência literária. É, acima de tudo, uma postura política que evita o esforço de pensar (ou seja, burrice mesmo), de se conectar com as mazelas que sofre a população sabarense e de propor soluções viáveis para os problemas do município.
No entanto, eu poderia estar equivocado. Por isso, decidi perguntar ao ChatGPT se o Plano de Governo do Costela foi feito por ele. E a resposta foi: “Com base nos sinais observados, como a repetição de estruturas, a clareza excessiva, a linearidade na apresentação das ideias e a ausência de conexões humanas, é possível que o texto tenha sido gerado por uma IA, como o ChatGPT […] Minha análise foi baseada no documento que você forneceu anteriormente, intitulado ‘Plano de Governo Prefeito Professor Costela e Vice-Prefeita Conceição Arruda’”, informou o ChatGPT a este colunista.
Qual é a opinião de vocês sobre isso?
Foto: Divulgação
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