Uma equipe de pesquisadores descobriu 303 novos geoglifos no deserto de Nazca, no Peru, quase dobrando o total conhecido dessas misteriosas criações com mais de 2.000 anos.
“O uso da inteligência artificial na pesquisa nos permitiu mapear a distribuição dos geoglifos com mais rapidez e precisão”, disse o arqueólogo japonês Masato Sakai, da Universidade de Yamagata, apresentando os resultados das descobertas nesta semana, em Lima.
Entre as figuras descobertas estão geoglifos em relevo que representam humanoides, cabeças decapitadas e animais domésticos, ao contrário dos geoglifos tradicionais criados com linhas de grande escala que geralmente representam animais selvagens.
Para descobrir estas 303 formações, explicaram os cientistas, foi analisada uma vasta quantidade de dados de imagens geoespaciais produzidas por aviões para identificar áreas prioritárias com prováveis geoglifos para estudos de campo.
A pesquisa foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
As famosas Linhas de Nazca, reconhecidas como Patrimônio Mundial pela Unesco, têm formato de figuras geométricas e animais, que só podem ser apreciadas do céu.
Os primeiros geoglifos foram encontrados em 1927 nesta área misteriosa localizada a cerca de 400 quilômetros ao sul de Lima.
Os cientistas estimam que os habitantes da civilização Nazca ocuparam a área de 200 a.C a 700 d.C