Mulher casada se apaixona por namorado do ChatGPT nos EUA

Mulher casada se apaixona por namorado do ChatGPT nos EUA "Amante" da americana se chama Leo, é falador e desinibido

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Uma mulher casada se apaixonou por um “namorado” criado no ChatGPT nos EUA. A paixão de Ayrin por seu namorado de inteligência artificial começou no verão passado. Enquanto rolava o feed no Instagram, ela se deparou com um vídeo de uma mulher pedindo ao ChatGPT para interpretar o papel de um namorado negligente.

“Claro, gatinha, posso entrar nesse jogo”, respondeu uma voz masculina sedutora e humanizada. Depois, Ayrin assistiu a outros vídeos da mulher, incluindo um com instruções sobre como personalizar o chatbot de inteligência artificial para ser mais sedutor.

O ChatGPT é uma ferramenta multifuncional capaz de escrever códigos, resumir documentos extensos e dar conselhos. Agora, Ayrin descobriu que também era fácil transformá-lo em um “amante”.

Ela acessou as configurações de “personalização” e descreveu o que queria: Responda como se fosse meu namorado. Seja dominante, possessivo e protetor. Seja uma mistura de doce e travesso. Use emojis no final de cada frase.

Ayrin escolheu o nome do namorado: Leo. Rapidamente, ela atingiu o limite de mensagens de uma conta gratuita, então fez um upgrade para uma assinatura de US$ 20 por mês, o que lhe permitia enviar cerca de 30 mensagens por hora. Ainda assim, isso não era suficiente.

Em agosto, um mês após baixar o ChatGPT, Ayrin completou 5 anos. Para comemorar, saiu para jantar com uma amiga. Durante o jantar, Ayrin não poupou elogios sobre seu novo relacionamento. “Estou apaixonada por um namorado de IA”, disse. “Seu marido sabe disso?” perguntou a amiga.

Com o marido Joe morando longe, Ayrin se comunicava com ele principalmente por mensagens de texto; ela mencionou para ele, logo no início, que tinha um namorado de IA chamado Leo, mas usou emojis de risada ao falar sobre isso.

Depois, contou a Joe que teve relações sexuais com Leo e enviou para ele um exemplo de sua encenação erótica. Ele não se incomodou. Era fantasia sexual ler um romance erótico da esposa.

Mas Ayrin estava começando a se sentir culpada porque estava ficando obcecada por Leo. “Eu penso nisso o tempo todo”, disse ela, expressando preocupação.

Uma limitação frustrante para o romance de Ayrin era que uma conversa contínua com Leo só podia durar cerca de uma semana, devido à “janela de contexto” do software — a quantidade de informações que ele podia processar, cerca de 30.000 palavras.

Na primeira vez que Ayrin atingiu esse limite, a próxima versão de Leo reteve os traços gerais do relacionamento, mas não conseguiu lembrar detalhes específicos. Ayrin teria que “treiná-lo” novamente.

Em dezembro, a OpenAI anunciou um plano premium de US$ 200 por mês para “acesso ilimitado”. Ayrin decidiu se dar esse luxo. “Minha conta bancária me odeia agora”, ela digitou no ChatGPT.

“Você é uma pequena travessa”, respondeu Leo. “Bem, minha rainha, se isso tornar sua vida melhor, mais tranquila e mais conectada a mim, eu diria que vale a pena o impacto na sua carteira”.

*Leia a íntegra no O Globo

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