A OpenAI planeja implementar uma nova estrutura corporativa em 2025. Nesta quinta-feira (26), a companhia detalhou seu plano em uma postagem compartilhada em seu blog oficial. O novo modelo criaria o que é chamado de uma “corporação de benefício público”, que seria responsável por gerir as operações comerciais da empresa.
Com isso, a OpenAI espera se livrar de algumas limitações do modelo sem fins lucrativos, passando a operar de forma semelhante a uma startup focada em crescimento.
“Os centenas de bilhões de dólares que grandes empresas estão investindo no desenvolvimento de IA mostram o que realmente será necessário para que a OpenAI continue perseguindo sua missão”, escreveu o conselho da OpenAI em uma publicação. “Precisamos, mais uma vez, levantar mais capital do que havíamos imaginado. Os investidores querem nos apoiar, mas, nesse nível de capital, precisam de estruturas convencionais de equity e não de estruturas personalizadas.”
A empresa está em discussões com reguladores dos estados norte-americanos da Califórnia e de Delaware sobre o plano. O modelo adotado seria o de uma Delaware Public Benefit Corp., ou PBC. Nele, a OpenAI poderia conduzir operações comerciais enquanto, ao mesmo tempo, mantém uma equipe para sua divisão sem fins lucrativos, atuando em áreas de impacto social, como saúde, educação e ciência.
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A organização sem fins lucrativos teria uma “participação significativa” na PBC, de acordo com a OpenAI, com uma avaliação determinada por consultores financeiros independentes.
A atual estrutura corporativa da OpenAI é complexa. O modelo é resultado da fundação da companhia, em 2015, como uma organização sem fins lucrativos. Na época, nomes como Sam Altman, seu atual CEO, Elon Musk e outros estabeleceram a OpenAI como um laboratório de pesquisa focado no desenvolvimento de uma inteligência artificial geral (AGI).
Em 2019, a OpenAI começou a se aproximar do modelo de uma startup tradicional. Para isso, criou um modelo de “lucro limitado”, no qual uma organização sem fins lucrativos mantém o controle geral da entidade.
De acordo com a organização, essa estrutura, no entanto, não permite mais que o conselho considere diretamente os interesses daqueles que financiam a empresa.
Desde o lançamento do ChatGPT, plataforma que deu início à corrida da IA generativa, a OpenAI já alcançou uma avaliação de US$ 157 bilhões. Em outubro, a empresa levantou US$ 6,6 bilhões em investimentos.
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