A humanidade está passando por mais uma revolução: a da Inteligência Artificial (I.A.). Os impactos, claro, não são e nem serão pequenos, tanto os positivos como os negativos. A altíssima velocidade dos acontecimentos amplia o grau de incertezas e também de ansiedade. Este é o tema do Papo de Valor #07, videocast da coluna. Diante de um assunto tão amplo e palpitante, convidamos dois capixabas craques no assunto: Amit Garg, 43 anos, está há mais de 20 anos no Vale do Silício, trabalhou nos primórdios do Google e, hoje, investe em startups, e Diogo Roberte, um dos fundadores do PicPay, empresário e investidor.
“Daqui a dez anos a Inteligência Artificial estará em todos os dispositivos: TV, celular, geladeira… tudo que você usa terá uma inteligência embutida. Vai ser uma segunda natureza para nós, assim como virou o celular. Na minha utopia tudo isso vai melhorar as nossas vidas, teremos uma vida menos complicada. A tecnologia, aplicada da maneira correta, é para melhorar as nossas vidas”, prevê Garg.
“O principal impacto será o social, a velocidade é muito grande. Todas as revoluções trouxeram impactos, a Industrial impactou, mas o tempo de absorção foi maior, suavizou. Vejo a revolução que estamos vivendo gerando uma onda de desemprego, por isso, é muito importante que as pessoas, o quanto antes, comecem a estudar a Inteligência Artificial. O que ela dá de capacidade? O que ela dá de possibilidade? Que caminhos poderei percorrer usando essa nova tecnologia? Não vai ser retirado do homem os poderes de criatividade e de adaptação, mas em cima de uma nova plataforma, isso é muito relevante. O tempo curto de adaptação é o problema”, assinalou Roberte.
Na visão dos dois, a alternativa para suavizar os impactos é investir pesado e rápido na educação e na forma de educar, dos mais novos aos mais velhos. Isso passa pelas famílias, creches, escolas, faculdades, governos e empresas. “É desenvolver a curiosidade das pessoas. Fomos educados para dar respostas, na era da I.A. é muito mais importante saber fazer perguntas. Mas as pessoas, no caso de quem já está no mercado, precisam estar dispostas a desaprender, e reaprender, mas para isso a curiosidade precisa ser desenvolvida, precisa ser ensinada”, afirma Amit Garg.
As mudanças serão grandes, rápidas e o caminho, como sempre, não será simples.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível!
Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.