Perfect Dark e Turok se mostram horríveis de jogar no Nintendo Switch

A Nintendo anunciou durante o Nintendo Direct de junho de 2024 a chegada de dois títulos com classificação etária para maiores ao Nintendo Switch Online + Expansion Pack. Os títulos de Nintendo 64, Perfect Dark e Turok: Dinosaur Hunter, foram liberados para os assinantes, mas os controles dos jogos de tiro em primeira pessoa se mostraram praticamente impossíveis dentro do Switch.

O controle de Nintendo 64 é bastante conhecido pelo seu design, no mínimo, esquisito, mas que fazia certo sentido para os títulos que foram lançados para o console. Só que por contar com botões em posições estranhas e diferentes formas de ser segurado, muitos games do N64 se tornaram quase impossíveis de se jogar com outro tipo de joystick.

Enquanto isso parecia ser um problema apenas para aqueles que tentavam testar os títulos em emuladores, o lançamento oficial deles dentro do serviço de assinatura do Nintendo Switch tornou as coisas um tanto mais caóticas do que deveriam ser.

Turok e Perfect Dark não prestam no controle do Switch

Perfect Dark, assim como Goldeneye 007, é um dos melhores títulos de ação do Nintendo 64, mas é inegável que seu gameplay não envelheceu particularmente bem. Dada às limitações do console e do próprio joystick, dentro do seu habitat natural, ele se torna aceitável.

Quando o título foi relançado para Xbox, dentro da coletânea Rare Replay (A Microsoft é atual dona do estúdio que criou o game no Nintendo 64), os controles foram atualizados, tornando a experiência bem melhor caso você jogue com joysticks modernos.

Só que assim como aconteceu com o jogo de James Bond, Perfect Dark chega ao Nintendo Switch Online emulado exatamente como era no Nintendo 64. Isso significa que ele considera que o jogador se vire com um Pro Controller ou, se as pessoas gostam de sofrer, com os Joy-Cons.

Turok: Dinosaur Hunter consegue ser ainda pior, já que seu esquema de gameplay utilizava os botões C para ajudar na movimentação. No Switch, isso significa que os analógicos estão trocados e nada, absolutamente nada, faz sentido.

Mas tem controle de Nintendo 64 para o Switch

Existe o argumento de que a Nintendo simplesmente não se importa em tentar adaptar os controles dos jogos do Nintendo Switch Online por vender versões de joysticks de NES, SNES, Sega Mega Drive e Nintendo 64.

De fato, a empresa japonesa realiza a venda desses joysticks, mas de maneira bastante limitada. Começando pelo fato de exigir que o comprador tenha uma conta ativa do Nintendo Switch Online, o que não chega a ser absurdo, já que os títulos ficam disponíveis apenas para esses assinantes.

Em seguida, a Nintendo limita a compra de quatro joysticks por conta, talvez para evitar a atuação de revendedores. Finalizando, é necessário ter um endereço americano ou canadense para receber o pacote.

O maior erro é exatamente o fato da Nintendo disponibilizar os jogos para todo o mundo, mas limitar a venda dos controles apenas aos Estados Unidos e Canadá. Isso significa que você, que está no Brasil e fez a assinatura usando Reais, não pode comprar um acessório que torna o conteúdo que você assinou próprio para ser consumido.

Nem tudo está perdido

O problema dos controles do Nintendo 64 no Switch não é exclusivo do Brasil, com jogadores de todo o mundo querendo encontrar um jeito de curtir títulos importantes como Perfect Dark e Turok, entre outros já disponibilizados no serviço de assinatura.

Como a Nintendo dificulta um pouco as coisas, os jogadores acabam aproveitando uma função do Switch e criam uma gambiarra. Logo que os games foram liberados para download (é necessário baixar outro app do Nintendo 64 no console), jogadores criaram um tutorial para remapear os botões do Pro Controller, permitindo que pelo menos Perfect Dark se torne jogável.

Aos amigos que querem jogar Perfect Dark no Switch, mas não têm o controle original do Nintendo 64, taí a configuração para jogar no Pro Controller. pic.twitter.com/FhvfklefEX

— Rafael Fernandes (@rafa00fernandes) June 19, 2024

Não é a solução ideal, mas mostra que pelo menos existe um jeito. Torto, mas existe.

Trending no Canaltech: