“Sabemos o que aconteceu com os astronautas, em termos de aumento de problemas de saúde como pedras nos rins, nas missões espaciais relativamente curtas realizadas até agora. O que não sabemos é por que esses problemas ocorrem, nem o que vai acontecer com os astronautas em voos mais longos, como a missão proposta a Marte”, disse Keith Siew, um dos autores do estudo, à University College London.
Até aqui, segundo comunicado da universidade, a maior parte das missões ocorreu em Órbita Baixa e, por isso, os tripulantes foram protegidos parcialmente pelo campo magnético da Terra. Apenas as 24 pessoas que foram à Lua ficaram expostas à Radiação Cósmica, mas por um curto período de tempo, que variou entre seis e 12 dias.
- Para saber como o corpo humano se comportaria em um período mais prolongado, os pesquisadores expuseram os animais a doses simuladas de radiação equivalentes a missões espaciais de períodos prolongados, que variaram de um ano e meio a dois anos e meio.
- Os resultados mostram que os ratos sofreram danos permanentes nos rins.
“Se não desenvolvermos novas maneiras de proteger os rins, eu diria que um astronauta até pode chegar a Marte, mas ele pode precisar de diálise na viagem de volta”, completa Siew. A diálise é o tratamento indicado para pessoas com problemas renais.
Os resultados da pesquisa indicaram que os rins são “remodelados” e podem encolher em função das condições espaciais. Além da exposição à radiação, outro fator que pode contribuir para o fenômeno é a microgravidade.
O estudo, no entanto, não chegou a uma conclusão definitiva sobre o que causa as complicações nos rins.