Agora é oficial: a distribuição CentOS Linux não existe mais. Em 30 de junho de 2024, a versão 7 do sistema operacional chegou ao fim do seu ciclo de vida útil. Com isso, o projeto foi totalmente descontinuado. Em seu lugar entra a iniciativa CentOS Stream.
Ao contrário das distribuições Linux mais populares, como Ubuntu e Fedora, o CentOS Linux nunca foi voltado ao usuário final. Desde que surgiu, em 2004, o projeto era focado em aplicações profissionais. Por conta disso, o CentOS foi a base de muitos sites e serviços online.
Tamanha popularidade fez a Red Hat assumir o projeto em 2014. A decisão não chegou a ser surpresa, afinal, o CentOS é derivado do Red Hat Enterprise Linux (RHEL).
Em linhas gerais, o CentOS era uma opção gratuita, enquanto o RHEL aparecia como uma solução paga direcionada a organizações que precisavam de recursos mais avançados ou de suporte especializado.
O começo do fim do CentOS
Eis que, em 2020, a Red Hat decidiu descontinuar o CentOS. Na época, o CentOS 8 era a versão mais atual da distribuição. Com a decisão, o seu ciclo de suporte foi encurtado, tendo sido encerrado em 2021.
Contudo, a Red Hat manteve o suporte ao CentOS 7, versão lançada em 2014. É justamente o suporte a essa versão que foi encerrado em junho de 2024. Com isso, o projeto chegou definitivamente ao fim. Não haverá mais atualizações para o sistema operacional, portanto.
Vá para o CentOS Stream
Uma alternativa ao CentOS oferecida pela Red Hat é o projeto CentOS Stream. Trata-se de uma distribuição do tipo rolling release, isto é, que não recebe versões fixas, mas atualizações liberadas continuamente, como se o software estivesse em estado permanente de desenvolvimento.
A Red Hat descreve o projeto da seguinte maneira:
o CentOS Stream oferece uma opção para quem busca uma plataforma Linux que compartilhe a base de código RHEL, mas forneça uma visão mais avançada do Linux corporativo.
Dado o quão fortemente o CentOS Stream está vinculado aos ciclos de engenharia da Red Hat, a distribuição é adequada para tarefas de desenvolvimento e prova de conceito que serão executadas no RHEL.
Outra opção oferecida é a assinatura do Red Hat Developer, que dá acesso gratuito ao RHEL com autossuporte. “As assinaturas de desenvolvedor podem ser usadas para fins de desenvolvimento ou para até 16 sistemas em ambientes de produção”, diz a empresa.
Forks também são uma opção
Para quem quer algo menos “corporativo”, um fork (projeto derivado) ou uma distribuição que se propõe a substituir o CentOS pode ser uma opção. Dois projetos que se destacam para esse fim são o Rocky Linux e o AlmaLinux:
- Rocky Linux: fork idealizado por Greg Kurtzer, cofundador do CentOS; o projeto é open source, gratuito e compatível com o Red Hat Enterprise Linux;
- AlmaLinux: também gratuito, de código aberto e compatível com o RHEL; o projeto é mantido com o apoio da CloudLinux, organização que oferece soluções Linux para hospedagem de serviços online.
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