Quem é Bárbara Pyrus?
Antes de se arriscar na criação de conteúdo, em novembro de 2023, Bárbara trabalhava com marketing digital, promovendo produtos para diversos clientes.
Nesse setor, ela percebeu que muitos profissionais inseriam palavras em inglês nas frases para, segundo ela, se exibir. “Eu via aquilo e mostrava para o meu marido. Sentia muita vergonha alheia. Depois de um tempo, comecei a ficar muito estressada com meu trabalho e quase tive um burnout”, contou ao Band.com.br.
Nessa fase, Bárbara já desejava investir na carreira de influenciadora, mas não sabia qual nicho escolher para viralizar rapidamente. Pouco tempo depois, seu marido sugeriu uma ideia inspirada na clássica frase: “Fale bem ou fale mal, mas fale de mim.”
A estratégia dele era que Bárbara incorporasse nos vídeos justamente o que mais detestava no ambiente corporativo: a mistura do inglês com o português. Ela aceitou a proposta e logo colocou o plano em prática.
“Eu tinha um perfil com apenas 300 seguidores na época e comecei a pensar em conteúdo nesse formato que ele sugeriu. Um dos primeiros vídeos alcançou 700 mil visualizações. Nele, eu falava sobre perfumes que não usaria nem se me odiasse. Em todo o vídeo, uso uma pronúncia americana exagerada, o que pode ter contribuído para viralizar”, relembrou.
A partir disso, ela percebeu que criar uma personagem caricata, que supervaloriza os Estados Unidos e desmerece a cultura brasileira, poderia ser a oportunidade perfeita para ganhar fama na internet.
Movimento Exilionista
Bárbara começou a produzir diversos vídeos criticando a forma como algumas pessoas pronunciam palavras em inglês. Até que um dia decidiu recorrer ao ChatGPT para a seguinte busca:
“Chat, me ajuda a definir uma situação em que alguém nasce em um país, mas se identifica como sendo de outro?”
Segundo Bárbara, a ferramenta forneceu uma longa lista de termos, mas a palavra “exílio” chamou sua atenção. “Na hora, pensei em combinar com o sufixo ‘ismo’, criando ‘exilionismo’. O nome pegou muito. Hoje, há várias pessoas comentando nos meus vídeos dizendo que também são exilionistas, e isso só aconteceu graças ao ChatGPT”, admitiu.
Com tantos comentários, Bárbara decidiu fundar o Movimento Exilionista, o que fez seu número de seguidores praticamente dobrar. “Hoje tenho pouco mais de 200 mil no Instagram, mas antes do exilionismo estava na faixa dos 100 mil.”
“Agora minha meta é chegar a 1 milhão, mas sempre fui grata desde quando só tinha 300 seguidores”, completou.
Atenção de Luana Piovani
O sucesso dos vídeos foi tão grande que chegou até a atriz Luana Piovani, que compartilhou o conteúdo em seu perfil no Instagram, com a legenda: “Meu Deus. Sublingual.”
Embora parecesse uma ironia, Bárbara afirmou que não se incomodou e nunca se importou com críticas negativas.
“Desde o começo, sabia que haveria comentários desse tipo, porque eu mesma não gostava de pessoas com esse comportamento. Minha personagem surgiu justamente por causa disso. Então já esperava receber hate. Confesso que fiquei insegura nos primeiros comentários, mas depois passou. As visualizações cresceram e isso me motivou ainda mais”, relatou.
Futuro da Personagem
Apesar do sucesso, Bárbara não pretende interpretar a personagem para sempre.
“Embora eu faça muito conteúdo com a personagem no feed, nos stories sou eu mesma. Apareço com o cabelo bagunçado, com remela nos olhos, mostrando minha rotina real. Quando as pessoas veem esse contraste, entendem que o personagem está restrito ao perfil principal. Embora goste de pensar em roteiros para essa persona patricinha, também gosto de ser autêntica e compartilhar meu dia a dia. Mais para frente, penso em reduzir o conteúdo com a personagem e transformá-la em apenas um quadro”, finalizou.
