SoberanIA: 1ª plataforma de inteligência artificial totalmente brasileira será lançada no Piauí

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O governo do Piauí anunciou o lançamento da primeira plataforma de inteligência artificial totalmente brasileira para fevereiro. A SoberanIA, como será chamada, é desenvolvida por técnicos e pesquisadores com uma base de dados 100% nacional, estando sob o controle do estado, sem depender de big techs. 

A IA servirá para otimizar processos administrativos e desenrolar possíveis burocracias, desta forma melhorando a prestação de serviços aos cidadãos piauienses. A tecnologia também poderá atuar como assistente virtual, oferecendo um atendimento mais ágil ao público por meio de conversas, em um funcionamento semelhante ao do ChatGPT. 

“A IA será treinada com dataset todo em língua portuguesa. A partir do que a gente for treinar com os dados públicos, nós vamos especializando com informações que são próprias do governo, aproveitando para melhorar o serviço público por meio de inteligência”, explicou Ellen Gera, presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Piauí (Etipi). 

De acordo com Isabela Rocha, mestre e doutoranda em Ciência Política pelo Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (IPOL UnB) e coordenadora do Grupo de Trabalho Estratégia, Dados e Soberania do Grupo de Estudos e Pesquisas em Segurança Internacional do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (GEPSI IREL UnB), a SoberanIA compreenderá as especificidades do nosso idioma e os aspectos culturais e sociais do país, aumentando a assertividade das respostas às demandas do setor público brasileiro, trazendo medidas que permitam resolver questões da esfera pública e a formulação de novas políticas.

“Uma IA que é construída tendo em consideração, no design e na construção da ferramenta, as necessidades e o contexto dos brasileiros, é muito mais eficiente pois todo o seu treinamento foi feito levando em consideração a língua portuguesa, nosso contexto cultural e meio de vida. Ou seja, ela vai funcionar muito melhor, para diversas necessidades, do que uma IA gringa que simplesmente foi trazida para cá”, esclarece. 

Essa plataforma deve reduzir a dependência tecnológica do Brasil, fortalecendo a segurança de dados e a soberania digital, já que, uma vez que a inteligência artificial é treinada enquanto é utilizada, as informações inseridas pelo usuário serão armazenadas em uma tecnologia nacional, ao invés de alimentar o banco de dados de empresas internacionais que possuem outros interesses que não priorizam a população brasileira. 

A estrutura poderá ser comercializada para governos estaduais, municipais e empresas públicas, além de estimular a criação de novas ferramentas brasileiras. “Se bem sucedida, e capaz de realmente atender as demandas da população e facilitar os processos burocráticos, é apenas natural que ferramentas parecidas também sejam desenvolvidas em outras UFs. Assim, a SoberanIA certamente opera como um projeto piloto, que pode, eventualmente ser exportado e implementado nacionalmente”, ressalta a especialista.

SoberanIA abre caminho para uma IA brasileira como o DeepSeek

A SoberanIA pavimenta um importante caminho para a concepção de uma IA brasileira, na qual a população brasileira possa auxiliar suas diversas necessidades. Contudo, Isabela enfatiza que, para desenvolver uma IA similar ao ChatGPT, Gemini ou DeepSeek, envolve inclusive a criação de uma infraestrutura que ainda está sendo preparada. Isso inclui “a construção de data centers, da expansão das redes de comunicação e de conectividade 5G em território nacional através do lançamento de satélites próprios, bem como a expansão da captação de energia limpa”, além de termos que “desenvolver as nossas próprias ferramentas computacionais, como sistemas operacionais próprios e programas brasileiros”, completa.

Enquanto o sonho da inteligência artificial brasileira não se concretiza, Isabela acredita que a nova plataforma DeepSeek, pode ser uma boa ferramenta, já que é chinesa e o Brasil é presidente do BRICS+ em 2025, seu uso expande a cooperação entre os países. O DeepSeek também é open source, com seu código aberto podendo ser alterado e auditado por qualquer pessoa e para qualquer finalidade. 

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